25 outubro, 2017

PARLAMENTO CHUMBOU MOÇÃO DE CENSURA DO CDS AO GOVERNO

FRACA “GERINGONÇA DE DIREITA” ESTA, QUE "GANHOU" AS ELEIÇÕES E NÃO CONSEGUE DERRUBAR QUEM AS “PERDEU”!...Ter sido o CDS a avançar com uma Moção de Censura ao Governo, foi no mínimo de uma obscenidade sem limites!... Não porque se lhe não reconheça o direito constitucional para o fazer, isso sim, pelo descaramento com que o fez; pelo momento em que o fez; e pela matéria na mesma tratada, quando se sabe do seu envolvimento e responsabilidades repartidas em politicas florestais, conjuntamente com o PSD e PS ao longo de 40 anos, nos chamados Governos com Partidos do “arco da governação”.
Isto sem falar obviamente, dos últimos quatro anos e meio, em que Assunção Cristas foi a “dona” da pasta da Agricultura e das Florestas, e por conseguinte, a quem também cabem responsabilidades directas pela tragédia que ocorreu recentemente no país, tendo em conta que durante esse período nada fez para resolver um problema de longa data, a não ser, a criação de legislação para o aprofundamento da famigerada Lei da eucaliptalização.
Mas outra questão se coloca ainda: se para o CDS e para Assunção Cristas a Moção de Censura era assim tão importante, porque razão não a apresentaram logo após Pedrogão Grande?!... Será que tudo terá a ver com um determinado número de mortos, a partir do qual se justifica uma iniciativa politica deste género?!...
Pelos vistos parece que sim!... É que tendo em conta que durante o seu mandato de Ministra morreram 17 pessoas vitimas dos incêndios, para esta senhora será tudo porventura uma questão de escala.
Verdade, verdadinha, é que para Assunção Cristas, a Censura ao Governo não tinha como objectivo a resolução de qualquer problema relacionado com a floresta e os incêndios. Nem o cardápio de propostas para consumo público apresentado por Mota Soares durante o debate, diz o seu contrário.
O objectivo de Cristas e do CDS, era essencialmente o de retirar dividendos políticos à custa de uma tragédia que enlutou o país e os portugueses. Assunção Cristas portou-se assim como uma politica sem vergonha, uma demagógica e uma populista. Uma politica que não hesita em anunciar uma Moção de Censura, quando o país cumpre um dos seus três dias de luto nacional pela morte de dezenas de vítimas, é uma politica sem vergonha na cara.
Porém, tratando-se de alguém que sendo "rã, aspira a ser boi", segundo a evocação do camarada Jerónimo, Assunção Cristas não olha a meios para atingir os fins e procura brilhar a todo o custo. Esquece que a demagogia aplicada em tempos difíceis, é instrumento de políticos medíocres e que à falta de melhor apenas vão servindo.
Entretanto e se tudo se complicar, designadamente com o PSD a recuperar o seu espaço, vai ter muito que “rezar” para minimizar os estragos.
Mas nem tudo foi mau com a apresentação desta Moção de Censura!... O Governo e os Partidos que o apoiam saíram reforçados e PSD e CDS ficaram finalmente convencidos, de que não governa quem quer. Governa sim, quem pode.

Fraca “geringonça de direita” esta, que “ganhou” as eleições e não consegue derrubar quem as “perdeu”. Porque será?!...

19 outubro, 2017

O TERRORISMO ANÓNIMO...

Em Portugal surgiu um novo tipo de terrorismo: o “terrorismo anónimo do fogo”.
Ao contrário do que estamos habituados, com os vários terrorismos europeus ao longo de décadas – Brigadas Vermelhas, Baader Meinhof, ETA, IRA e hoje o terrorismo islâmico - que sempre foram reivindicativos, que sempre fizeram questão que se soubesse que eram os autores de atentados e chacinas, o terrorismo português não reivindica, não se assume, é simplesmente anónimo. Nos alvos está mais perto da metodologia do terrorismo islâmico do que dos outros citados. Não tem o cuidado de atacar preferencialmente alvos militares, policiais e políticos. Ataca civis inocentes e anonimamente. É um tipo de terrorismo ainda mais cobarde que o jiadismo. É a suprema cobardia. 

PORQUE NÃO TE CALAS PEDRO?!...

Com a lata, falta de vergonha e pudor que lhe são conhecidas, Passos Coelho veio pedir a demissão de António Costa no último Debate Quinzenal na Assembleia da República. Como é que alguém, que cobardemente se escudou atrás da Tróika para  tomar medidas que separaram famílias, empobreceram os portugueses e mataram alguns à fome, vem agora dizer que António Costa não tem condições para continuar?!...
Como é que um homenzinho destes, que inventou suicídios em Pedrógão, cortou salários e pensões depois de ter jurado que nunca o faria, vendeu o nosso património sem qualquer critério ou estratégia, vem dizer que António Costa já não merece a confiança dos portugueses?!... 
É preciso não ter um pingo de vergonha e dignidade na vida e na cara, para depois de ter destruído o país, vir pedir a demissão de um Primeiro_Ministro que devolveu a dignidade aos portugueses que trabalham ou vivem das suas pensões.
No mínimo que se mantivesse calado!... Ou melhor: que continue a falar e a dizer essas “bacoradas” porque está a dar uma boa ajuda à geringonça.

O DIVÓRCIO ANUNCIADO...

Escrevi várias vezes que Marcelo Rebelo de Sousa iria romper com António Costa logo que Passos Coelho se pusesse ao fresco. 
O encontro com Teresa Leal Coelho no último dia de campanha eleitoral e posteriormente o almoço com Santana Lopes, foram sinais evidentes de que Marcelo estava prestes a romper com António Costa e já tinha aberto as portas do recreio para fazer as suas habituais traquinices. Ficou provado a quem tivesse dúvidas,  que Marcelo nunca despiu a camisola laranja e as suas deambulações dos afectos pelo país são apenas uma faceta do seu egocentrismo.
Com o discurso a propósito dos incêndios, Marcelo Rebelo de Sousa quis mostrar aos seus que nunca os abandonou e a dureza das suas palavras abriu uma crise política.
 Não deixa de ser curioso que um Presidente da República que sempre recusou crises e pediu estabilidade política, tenha sido agora o detonador desta mesma crise. 
Alguns manifestarão o seu regozijo pela demissão da Ministra, mas no fundo, todos sabem que não é uma mudança de caras que vai resolver o problema dos incêndios.
Segue-se uma moção de censura!... Tendo em consideração que por estes dias se discute o OE, conclui-se que vem na melhor altura para Costa e na pior para BE e PCP. Nem é preciso explicar porquê…

Espero que todos estejam à altura do desafio que Marcelo Rebelo de Sousa lhes lançou. Ou o Governo sai mais fortalecido e tem apoio da esquerda sem tibiezas, ou a geringonça desconjunta-se e em pouco tempo, os seus destroços juntar-se-ão às cinzas dos incêndios.

INCÊNDIOS | A DIGNIDADE E A INDIGNIDADE POLITIA...

1 - Como já tinha referido em comentários anteriores, a Ministra da Administração Interna não tinha condições para continuar no cargo e acabou mesmo por se demitir. Não vou dizer que o fez tarde e a más horas, porque isso seria injusto. E seria injusto, porque se ficou agora a saber, que já havia solicitado a sua demissão logo após os acontecimentos de Pedrógão. E soube-se até mais: que só aceitou manter-se em funções a pedido de António Costa, e para servir os interesses do País, o que contraria a tese daqueles que levianamente não se cansaram de afirmar, “QUE ESTAVA AGARRADA AO PODER E QUE SÓ QUERIA TACHO”.
Perante este último facto, há desde já uma primeira ilação a tirar: ou os portugueses se mantêm de “pestanas bem abertas” contra esta mentalidade populista, ou não tardará muito que sejamos conduzidos a um qualquer Governo liderado por um Trump português. Obviamente que não será o asqueroso Ventura, mas será com toda a certeza, outro qualquer que o sistema – coadjuvado pela pior direita de que há memória, se esforça por gerar a seu tempo, aproveitando-se da desgraça alheia.
Ao dar-se credibilidade a este “populismo perigoso e demagógico” desse dito sistema, que nada mais tem para oferecer ao país, senão isso mesmo, estamos ainda que indirectamente, a contribuir para que cada vez menos pessoas sérias, capazes e competentes, queiram sujeitar-se a ser diariamente atacadas, vexadas e vilipendiadas apenas pelo facto de exercerem um cargo político. E esta - tome-se nota - é uma das causas porque vemos o declínio constante e progressivo da classe política, seja ele exercido ao nível do Poder Central ou Local.

2 - Quanto aos incêndios!... É um facto que é impossível ficar indiferente a tamanha tragédia, particularmente à daqueles que foram mais atingidos, e se traduziu na perda de vidas humanas e do trabalho de uma vida. Mas a enormidade dessa tragédia mostra também a outra face da moeda!... Mostra o quanto pequeninas são, boa parte das nossas lideranças políticas e figuras, entre quem governa, entre quem governou, entre quem nos quer governar ou "guiar", entre quem discorre sobre tudo quando sabe pouco ou nada, ou entre quem tem o dever de informar e não vender imagens e discursos que nos indignam.
O tempo, a tragédia, a dor, a ética, a solidariedade, o respeito, mais do que aconselhar, exigem contenção nos discursos e acção, e nunca "políticas pequeninas" visando a contabilidade nas urnas, ou o que acham que o "povo" quer ouvir. Assunção Cristas e certa comunicação social, são os expoentes máximos dessa manigância populista.
Dito isto, quem espera por uma “varinha mágica” que possibilite varrer os incêndios do país, ou é ignorante ou vive na lua. Para ser simpático, há mais de 30 anos que sabíamos que os incêndios iriam ser uma calamidade quer em Portugal, quer na Peninsula, quer em muitos outros lugares. No caso português, aquilo que foi feito ao longo dos anos para pelo menos amenizar o problema, foi consecutivamente atirar com ele para debaixo do tapete, e quem viesse atrás que fechasse a porta.
E assim aconteceu também com o Governo PSD/CDS!... Governo que com Passos Coelho como Primeiro-Ministro e Assunção Cristas como Ministra das Florestas, cortou no Orçamento do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, o montante de 21 milhões de euros, passando dos anteriores 82 milhões, para 61 milhões.
Mais: o orçamento para investimento na defesa da floresta, foi o que mais sofreu com os cortes, particularmente entre 2013 e 2015!... Entre esses anos, as verbas atribuídas para o efeito, passaram de 9 para 3 milhões de euros, e em 2014 foram praticamente obliteradas, passando para 500 mil euros. Esta foi pois a “grande reforma da floresta“, levada a cabo pelo Governo PSD/CDS, que assim continuou a entregar toda a gestão dos incêndios aos privados.
A- Privados que cobram ao erário público valores que atingem os 50.000€/hora pela utilização de meios aéreos;
B- Privados que fabricam ou importam e vendem ao Estado equipamentos e material de combate aos fogos - tudo material de desgaste rápido e passível de permanente renovação;
C- Privados especializados em aquisições e preparação de viaturas de combate a incêndios - significativamente subsidiadas pelo Estado - que asseguram a substituição das que todos os anos se perdem ou deterioram em operações;
D- Privados especializados em comunicações de que é exemplo o famigerado SIRESP que factura milhões ao Estado;
E- Privados que facturam através de empresas "especializadas" na reconstrução - subsidiada pelo Estado - de imóveis urbanos destruídos ou atingidos pelos incêndios;
F- Privados que facturam através de empresas "especializadas" na reflorestação - paga pelo Estado - das florestas queimadas;
G- Privados que facturam através das IPSS que encaixam milhões em donativos - caso recente de Pedrogão e depois não prestam contas a ninguém do dinheiro que receberam;
H- E finalmente os privados ligados à comunicação social, que facturam e muito – particularmente as televisões, que montam autênticos circos mediáticos altamente dramatizados com a repetição dias seguidos de imagens dramáticas e chocantes, porque a publicidade passada nos intervalos do dito circo é muito mais lucrativa e porque além de ser mais cara tem mais audiência.
ESTE É POIS O NEGÓCIO DOS INCÊNDIOS QUE URGE MINIMIZAR. Neste contexto e tendo em conta que salvo raríssimas excepções bem identificadas em que os incêndios têm por origem mão humana, há também que dizer que o homem não é pirómano por definição, e sendo assim, considero-me no legitimo direito de suspeitar, que anda por aí muito boa gente a atear incêndios para depois os ir apagar e assim poder emitir a respectiva factura para o Estado pagar com o dinheiro dos nossos impostos.
Enquanto o Estado persistir em não entender a quem aproveita o "crime" e que o "crime" neste caso até compensa, bem pode continuar a procurar os "responsáveis", que é o mesmo que procurar uma agulha em palheiro.

3 - No plano politico, já se percebeu que Assunção Cristas é a principal intérprete da demagogia e do oportunismo politico; já se percebeu que é mesmo a “rã que quer ser boi” segundo a evocação do “camarada Jerónimo“; já se percebeu que no imediato é o PSD que fica mais fragilizado ao ter que ir a reboque da “rainha do populismo”; e já se percebeu que António Costa - porque não soube tirar ilações políticas desde o Verão - e não era apenas demitir a sua ministra predilecta que se impunha, mas introduzir alterações de fundo no funcionamento da Protecção Civil, verá a partir de agora a sua vida mais dificultada e a sua autoridade diminuída.
Quanto a Marcelo Rebelo de Sousa, esse “não falha”!... E não falha desde logo porque não arrisca. Dissolver a Assembleia da República - os outros que o façam numa alusão clara ao PCP, ao PEV e ao BE. Podem porém Marcelo e a direita descansar!... Os Partidos que suportam o Governo não irão permitir a dissolução e provocar o seu próprio esvaziamento. A Moção oportunista não passará e o Governo e a maioria que o suportam sairão assim reforçados.

O JULGAMENTO DE UM REGIME INTEIRO...

Ricardo Salgado bem lá no fundo, foi afinal o garanhão que lixou a malta toda, isto é, o grande CORRUPTOR do regime.
Mais do que um ex-Primeiro-Ministro, creio que o que estará em causa neste imenso julgamento que irá ocorrer sabe-se lá quando - é de facto um julgamento do regime inteiro, que um banqueiro durante quase 40 anos, conseguiu manipular, influenciar, seduzir, subornar, enfim… corromper, em função de interesses pessoais, da banca/BES, e não em função dos interesses de Portugal e dos portugueses.
Até Paulo Portas, que à última tentou safar o seu velho amigo Ricardo, se demitiu "irrevogavelmente" da "geringonça de direita", na esperança de fazer cair Passos, e com isso abafar o caso BES-PT e tutti quantti. Porém, o senhor submarino não teve força para tanto, mas o empresariado não deixou de o compensar, e hoje é "petroleiro" na Mota Engil, donde aliás nunca saiu, mesmo quando era Ministro dos Negócios Estrangeiros – ou fingia que era.
No fundo, Portas nunca deixou de ser Ministro das Obras Públicas da maior Construtora de Portugal. Foi para a política para servir os empresários amigos e financiar o Partido Popular -  que até fazia votar eleitores já falecidos. Milagre que não é aliás exclusivo do CDS.
Tudo isto nos permite concluir com larga segurança, que a acusação patente no Comunicado da PGR é não apenas uma bastonada em Sócrates, mas, acima de tudo, uma acusação de um regime inteiro que Ricardo sempre corrompeu, leia-se, o Bloco Central dos interesses - PSD+PS e marginalmente o CDS, incluindo aqui como elementos passivos dessa corrupção os media, sempre de mão estendida, e a Justiça sempre ineficaz e subserviente aos poderosos e um povo alienado, porque uma sociedade civil fraca gera um povo manso, como diria Torga.

Talvez seja por esta ordem de razões, alinhadas de forma pouco sistemática, que aqui se defende que Sócrates não deve cair sozinho. Seria até injusto que tal ocorresse. Há muito para averiguar, desde as dádivas para campanhas eleitorais, passando pelos negócios do TGV, até às férias paradisíacas em terras de Vera Cruz. 

16 outubro, 2017

RICARDO SALGADO E CAVACO SILVA...

Desenganem-se aqueles que julgam que daqui sairá alguma acusação de que Cavaco Silva foi um politico corrupto!... Claro que não saírá, até pela simples razão de que seria preciso, a um dos comuns mortais como eu, "nascer duas vezes para ser mais honesto que o político mais político de todos os políticos", que apesar da sua condição gosta de falar dos políticos e da situação deste país como se não fosse nada com ele.
Acontece, que à luz dos mais recentes desenvolvimentos em torno da operação/processo/caso Marquês, sabemos hoje que existem fortes indícios – vá, vamos todos fazer de conta que respeitamos o princípio da presunção da inocência – de que Ricardo Salgado abriu os cordões à bolsa para corromper grandes figurões como José Sócrates, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, apenas para citar alguns nomes. E que para aí chegar, foi preciso mover mundos e fundos, que levantam questões pertinentes sobre aquilo que parece a microscópica ponta de um gigantesco icebergue.
Temos portanto duas hipóteses: acreditar que os arguidos do caso do século - que surgem em tudo o que é processo polémico - são os únicos potenciais corruptos deste país. E aqui não me refiro à pequena corrupção autárquica, ou tão pouco à corrupção costumeira que gravita em torno da Assembleia da República, mas à grande corrupção que envolve as mais altas figuras do Estado, das grandes empresas públicas e da nata do sector privado. A outra hipótese, menos ingénua - a meu ver, é olhar para o país que temos, e perceber que andamos há décadas em danças de cadeiras, caracterizadas por contratos ruinosos para o Estado e rendas apetitosas para o sector privado, no âmbito dos quais, com elevada frequência, vemos ex-políticos enriquecer de um dia para o outro, não raras vezes após passagem por Ministérios e Secretarias de Estado onde proporcionaram, das mais variadas formas, fabulosas mais-valias para os seus futuros empregadores.
Posto isto, e terminando onde comecei, reitero que não pretendo acusar Cavaco Silva de ter sido um político corrupto. Cavaco Silva desiludiu e envergonhou o país de múltiplas formas, é certo, mas se foi ou não corrupto, é algo que estou certo nunca saberemos. Mas sabemos, por exemplo, que a família Espirito Santo foi a principal financiadora da campanha presidencial de Cavaco Silva em 2006, com um total de 152 mil euros. Que para além de Ricardo Salgado, também José Manuel e Manuel Espírito Santo, bem como António Ricciardi, doaram o valor máximo permitido por lei (22.482€) à campanha de Cavaco, a que se juntaram outros donativos de altas figuras do grupo como José Maria Ricciardi ou Rui Duarte Silveira.
Sabemos também que este apoio se repetiu na recandidatura de 2011, ainda que de forma mais avultada, com a campanha de Cavaco Silva a arrecadar a módica quantia de 253.360 mil euros, doados por um conjunto de administradores e altos funcionários do universo GES, que incluiu os repetentes Ricardo Salgado, José Manuel Espirito Santo e António Ricciardi, mas também outras figuras de destaque como Amílcar Morais Pires e Joaquim Goes.
Acresce a isto, e com esta me vou, que já o barco afundava em meados de Julho de 2014, e eis que Cavaco Silva, o Honesto, declarava ao país que os portugueses podiam confiar no BES, apenas para dias depois, se sujeitar à patética figura de se desmentir, acusando a jornalista que o confrontava com as suas declarações de estar a mentir, mentindo. Um frete destes é obra, não é?!... Depois dos mais de 400 mil euros que a cúpula do GES gentilmente cedeu às suas campanhas presidenciais, dá para desconfiar, não dá?!... Afinal de contas, de uma forma ou de outra, ele parece estar em todas. Será que nos contaram tudo sobre a longa relação entre Ricardo Salgado e Cavaco Silva?!... Esta é a pergunta que fica...