A
democracia não é um sistema perfeito!... Dizem-nos até, que é o pior sistema
político, com excepção de todos os outros.
Depois, a liberdade
de expressão e opinião não são direitos absolutos, e nomeadamente, não
justificam tudo – NEM DETERMINADOS MEIOS, NEM OS FINS.
Isto para dizer, que a democracia, em 29 de Novembro de 2014, quando da discussão do OE e em pleno Palácio de São Bento, sofreu um rude golpe e uma condenável afronta. E não foi para isto que o “tal” 25 de Novembro de 75, que tantos – ERRADAMENTE - idolatram, se fez e se cumpriu.
E diria até mais: garantidamente, não foi para isso que Abril aconteceu.
O problema é o seguinte: quando
um palhaço se muda para um palácio, o palhaço não se transforma num rei!... O palácio é que vira um circo, com a ressalva de que me perdoem os palhaços e os circos que não
têm culpa nenhuma do que aconteceu.
Mas como se este deplorável acto não bastasse, para a indignação e a condenação, o próprio princípio é de um aberração populista inaceitável de uma partido politico chamado Chega. Um nome aliás que lhe assenta na perfeição: Chega de tanta canalhice...
E sabe o Chega porquê?!... Em primeiro lugar, porque ao contrário do que os deputados deste partido – com letra pequena – tentam fazer crer, os salários dos políticos não foram aumentados com o OE aprovado. A questão é a seguinte: é que depois de todos os cortes extraordinários que foram aplicados até ao final do período da Troika terem sido repostos, apenas os dos políticos, inexplicavelmente se mantiveram cortados em 5%. Politicos atingidos, que não são apenas os governantes ou os deputados da Assembleia da República, (São também todos os autarcas de norte a sul do país, sejam os repectivos concelhos de maior ou menor densidade. E foi esse corte, que o Orçamento do Estado eliminou – E MUITO BEM - , por uma questão de justiça e equidade.
Segundo os membros desse tal “ajuntamento”, que ocupam infelizmente um espaço de 50 lugares no Parlamento e que a democracia e a ética política reivindicam, deveriam ser obrigados a publicitar mensalmente, as suas "folhas de vencimento" para que os portugueses possam confirmar se afinal abdicaram, ou não, da revogação do corte dos 5% nos seus vencimentos.
Mais uma vez esta gente mostrou ao que anda e aquilo que fomenta – O TERRORISMO POLITICO, num país democrático... Mais de um milhão de votos que geraram um lixeira...