2021
terminou!... Neste inicio do novo ano ao rebobinarmos os últimos 365 dias, é mais que óbvio que a nossa atenção e
reflexão recaia numa única realidade - ainda bem presente: quando perspectivávamos,
a 31 de Dezembro de 2020 uma mudança e um regresso à normalidade no ano de
2021, eis que a pandemia, os constrangimentos dos impactos do vírus nas
relações sociais e familiares, na economia, na saúde, nos empregos e na
cultura, voltaram a marcar as rotinas, as regras, os comportamentos e os
objectivos de cada um de nós e da sociedade um pouco não só em Portugal, como por
esse mundo fora. Aos processos de confinamento que derivam ainda de 2020,
juntou-se no último ano, o processo de vacinação massiva como arma de combate e
mitigação do SARS-Covd2, entretanto pressionado pelo surgimento de uma nova
variante - a Ómicron, que mesmo não deitando por terra o esforço feito, abala a
confiança e a esperança num 2022 diferente. Segundo a OMS, os dados oficiais
falam por si:
No mundo, registaram-se
Estaria
feito, facilmente, o retrato de 2021 à semelhança de 2020, mas a verdade é que,
em 2021, houve "mais vida para além da pandemia", mesmo que alguns
contextos com ela se relacionem.
Por entre portas...
1.
Política
Por
cá, o ano ficará sempre na memória pela primeira crise na história da
democracia portuguesa, provocada pelo chumbo de uma proposta de Orçamento do
Estado. Foi o dia 27 de Novembro a registar esse episódio, com o Governo de
António Costa a ver chumbada a sua proposta de Orçamento para 2022 e desfazer
de vez, o acordo parlamentar à esquerda - a tal chamada geringonça - que
durante 6 anos permitiu ao PS governar o país. Daí até à confirmação da
dissolução pelo Presidente da República da Assembleia foi um "piscar de
olhos", confirmada que foi a 5 de Dezembro, com as eleições
antecipadas a ficarem marcadas para o dia 30 de Janeiro deste ano de 2022.
Mas
o ano de 2021 será ainda recordado como um ano eleitoral. Se o "passeio
político" de Marcelo Rebelo de Sousa lhe garantiu a reeleição para o
segundo e derradeiro mandato presidencial com 60,70% dos votos, as eleições
para Belém deixaram algumas querelas internas no PS com o não apoio oficial à
candidatura da socialista Ana Gomes e um dissimulado apoio à reeleição Marcelo.
Já as eleições Autárquicas a 26 de Setembro,
tiveram impactos políticos mais acentuados. O PS venceu-as, mas com perda de
mandatos e votos em relação a 2017; o PSD por sua vez viu recuperar a sua
característica de Poder Autárquico, catapultada com a conquista, ao PS de algumas
autarquias chave, como a título de exemplo, se pode referir Lisboa. Por outro
lado ainda outro dado: as eleições autárquicas, confirmaram um número ainda
crescente de mandatos e autarquias nas mãos de Movimentos Independentes. Por
sua vez e apesar de se manter como a terceira força autárquica no país, os
resultados do PCP ficaram muito aquém do esperado pelo Partido. Já o Bloco de
Esquerda ficou ainda muito distante do sonho político de ter no poder de
proximidade o mesmo impacto que tem na política nacional.
Mas
se Janeiro começava com um processo eleitoral, o final de 2021 ficava também marcado
por mais eleições, desta vez partidárias, com a realização das eleições
internas no PSD e com a vitória clara de Rui Rio, confirmada que viria a ser, com
a consagração no 39.º Congresso social-democrata.
Do
mediatismo resultante do processo de vacinação nacional no âmbito da denominada
"task force", o Vice-Almirante Gouveia e Melo acabou por se ver
envolvido na polémica, entre Belém e o Governo, do "sai-não sai"
do anterior Chefe do Estado-Maior da Armada, o Almirante Mendes Calado, para
ser ele a ocupar o lugar na Chefia do ramo militar, numa Tomada de Posse sem
brilho e demasiado trivial, na qual se notou a ausência do CEMA demitido e um
certo mal-estar entre Marcelo Rebelo de Sousa e o Governo, nomeadamente o Ministro
da Defesa.
Depois de meses entre polémicas, tal como ficou caracterizada a sua prestação governativa, a 3 de Dezembro, o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, confirmava a sua posição de "ministro passageiro", um facto que concorreu decisivamente para a sua demissão - ou convidado a demitir-se -, muito por força do caso do atropelamento mortal de um funcionário ao serviço da Brisa, que estava a efectuar trabalhos de limpeza na A6.
2. Sociedade
Enquanto
isso, a realidade da migração à escala mundial, deixou a nu, por força dos
impactos da pandemia, o atropelo aos mais elementares direitos fundamentais que
se registam em Portugal, nomeadamente com a exploração laboral dos
trabalhadores migrantes nas estufas da região de Odemira.
3.
Desporto
Por
sua vez, o ano de 2021, foi pródigo em sucessos desportivos: ao fim de 19 anos
de "jejum" o Sporting Clube de Portugal conquistou, de forma clara, o
Campeonato da I Liga de Futebol Profissional; a vitória da Selecção Nacional de
Futsal no Mundial realizado na Lituânia; as medalhas olímpicas do judoca Jorge
Fonseca e do Triplo Salto de Pedro Pichardo e Patrícia Mamona.
O
ciclo desportivo de 2021 ficou ainda marcado pela saída, demasiado previsível
de Jorge Jesus do comando técnico do Benfica.
4.
Cultura
Ainda
em 2021, uma ovação muito especial para a celebração dos 80 anos de carreira da
enorme Eunice Muñoz.
5.
Obituário
As
lágrimas de tristeza, vão para todos quantos viram diminuir as suas famílias vitimas
que foram da pandemia e outros que neste último ano igualmente desapareceram do
número dos vivos e cujas figuras mais conhecidas foram o ex. Presidente da
República Jorge Sampaio, o ex-Ministro Jorge Coelho, o "Capitão de
Abril" Otelo Saraiva de Carvalho, e
essa grande voz e figura do fado, Carlos do Carmo.
Personalidades
de 2021
Em
termos nacionais, as palmas à janela e as manifestações junto às
unidades hospitalares depressa se desvaneceram com o tempo. Mas o que não
esmoreceu, manteve a resiliência com um esforço heróico, um estoicismo que
remou contra tudo e contra todas as carências, mostrou o essencial no combate à pandemia. E a isto, um louvor também especial para o
desempenho profissional e humano com que os profissionais da saúde - médicos,
enfermeiros e auxiliares – protecção civil e forças de segurança que em
conjunto para além da dedicação e da forma como se entregaram no combate a esta
guerra pandémica, já lá vão dois anos ininterruptos, merecem todo o nosso
louvor.
Em termos locais, a minha medalha de
ouro vai obviamente para Orlando Alves, Presidente do Municipio de Montalegre. Orlando Alves, que cumprindo e
bem a sua missão ao longo de dois mandatos e à partida para o último, fechou o seu desígnio de vitória, obtendo pela
terceira vez consecutiva a confiança dos barrosões, traduzida numa maioria
absoluta. Resistiu a tudo: ao desgaste provocado pelos dois últimos mandatos; à
rivalidade artificialmente criada por alguns, entre Montalegre e Salto; às
acusações sobre a sua alegada familiaridade com a exploração mineira; à sua
condição de arguido; e até à ingratidão e às traições de eleitores da sua
própria área politica. Deu sempre a cara e na politica como na vida, as coisas
não funcionam como alguém em particular quer, isso sim como tem que ser. A
medalha de prata, vai para o social-democrata Germano Francisco Pires Batista, ao conseguir finalmente
alcançar o seu objectivo de arrebatar a Junta de Freguesia de Montalegre-, aos
socialistas. A sua persistência valeu e a freguesia mais populosa do concelho,
é hoje em termos políticos a única bandeira do PSD local.
A
medalha de lata, vai obviamente para José Moura Rodrigues!... Mau de
mais para um politico a quem falta tudo. Perdeu em todas as “frentes”,
até no modo pouco democrático como ascendeu à liderança do PSD-Montalegre e do
que se lhe seguiu, em vésperas de eleições autárquicas. José Rodrigues, mandou às malvas a ética politica
sempre defendida pelo fundador do Partido e daquilo que se lhe conhece. nada mais se vislumbra do que uma conduta
politica mais parecida a um policia, que a um Vereador com responsabilidades.
Mau de mais, quando por portas e travessas se fomenta a descredibilização das instituições, a
desconfiança e os ditos atropelos à ética de que Sá Carneiro fez bandeira. Não
admira por isso ter-se desviado de Rui Rio, o tal homem que prima pelos interesses
de todos, acima dos demais. José Rodrigues, fez precisamente o contrário ao
longos dos últimos quatro anos.
Lá por fora...
1. Sociedade
A contínua e continuada crise humanitária dos
Refugiados, seja na Europa, seja na América, continua a marcar cada dia do
calendário com o desespero de muitas mulheres, crianças e homens na luta pela
sobrevivência e pela fuga à morte nas suas terras de origem. A humanidade terá
durante muitos anos este enorme peso na consciência colectiva, com
responsabilidades repartidas, principalmente por aqueles que fecham as suas
portas, mas que durante décadas a fio alimentaram a destruição das condições de
vida em muitas zonas do globo, nomeadamente em África, no Médio Oriente e na
América Central e do Sul.
Não
será por isso de estranhar, a referência à grave crise humanitária vivida às
portas da União Europeia, na fronteira da Bielorrússia e da Polónia, e a
continuada chegada a Ceuta, Grécia, Itália e Malta daqueles que sobrevivem à
incerteza da travessia do Mediterrâneo.
A par dos direitos e garantias fundamentais,
surge a importância do respeito pela Liberdade, nomeadamente a Liberdade de
Expressão e a Liberdade de Informação, como garantes da estabilidade e
desenvolvimento de uma sociedade. O ano de 2021 ficou marcado pelo inédito
reconhecimento da Academia Nobel do papel do jornalismo e dos jornalistas na
promoção da liberdade de pensamento, expressão e informação espelhado no
trabalho de dois jornalistas: o russo Dmitri Muratov e a filipina
Maria Ressa.
2.
Política
Nesta
área e internacionalmente falando, há duas marcas importantes em 2021, que são,
manifestamente, os acontecimentos internacionais do ano.
Primeiro, o regresso ao fim de 20 anos, dos Talibãs
aos destinos do Afeganistão e as imagens que ficaram na memória colectiva com o
caos em que decorreram os últimos dias da retirada americana, nomeadamente com
os 183 mortos num atentado do auto-denominado Estado Islâmico-Daesh no
aeroporto de Cabul - entre os quais 12 norte-americanos, e os milhares de
afegãos a escalarem aviões em tentativas desesperadas para saírem do país.
Conseguir sair ou ficar era a clara diferença entre viver ou morrer.
Segundo
acontecimento, o final de um ciclo governativo na Alemanha e na Europa com a
saída da senhora Europa - Angela Merkel. Ao fim de 16 anos e 4 mandatos, a
primeira mulher a chefiar um Executivo no país mais poderoso da EU, sai da cena
política com uma marca inquestionável de afirmação política e governativa, que
levou os alemães a apelidarem-na de mutti – mãe - e a ganhar o respeito pelo menos de toda
a Europa.
Mas
nem tudo foram rosas: mal 2021 dava os "primeiros passos", a 6
de Janeiro os Estados Unidos da América viam o "coração da sua
democracia" - o Capitólio, invadido por apoiantes de Donald Trump, que
tinha perdido as eleições presidenciais no final de 2020, numa tentativa de
ensombrar a tomada de posse de Joe Biden a 20 de janeiro, à qual pela primeira
vez na História um Presidente cessante não marcou presença. Caía um manto de
vergonha sobre aquela que é vista - mesmo que de forma sobrevalorizada, como o
exemplo da democracia.
E
a propósito de Democracia, o recente relatório "Freedom in the
World 2021: Democracy under Siege" - Democracia sob cerco -, da
organização "Freedom House", dá conta do estado da democracia em 195
países e 15 regiões, registando um retrocesso democrático em 72 países com os
exemplos mais sonantes a registarem-se no Afeganistão, Argélia, Arábia Saudita,
Azerbeijão, Bielorrússia, Camarões, Cambodja, China, Coreia do
Norte, Costa do Marfim, Egipto, El Salvador, Emirados Árabes Unidos,
Estados Unidos da América durante a Administração Trump, Etiópia, Filipinas,
Guiné Equatorial, Hong Kong, Hungria, Iémen, Índia,
Liechenstein, Líbia, Moçambique, Nicarágua, Polónia, República Centro
Africana, Rússia, Sérvia, Síria, Somália, Tailândia, Turquia, Uganda,
Venezuela, ou ainda o conflito entre a Arménia e o Azerbeijão pela posse de
Nagorno-Karabakh.
Mais: os índices de avaliação usados pela "Freedom House", como o nível de democracia, a integridade e legitimidade eleitoral, os direitos humanos e a igualdade, a responsabilidade e transparência governativas, o fortalecimento da sociedade civil – cidadania - a promoção e defesa das liberdades de informação, de expressão, de associação ou religiosa, determinam segundo esta Instituição, a existência de 83 democracias livres, 63 parcialmente livres e 64 sem liberdade, num universo de 195 países e 15 regiões.
Outro dado: cinco anos após o referendo que ditou
a saída do Reino Unido da União Europeia e terminadas as longas e complexas
maratonas de negociações no ano passado, apenas 4% dos britânicos acha que o brexit tem sido positivo. Aliás, numa sondagem realizada em
Inglaterra, 21% dos ingleses, galeses, escoceses e irlandeses do Norte,
referiram que o brexit tem corrido mal e 32% muito mal. Se o referendo se
realizasse em 2021, segundo uma sondagem da Savanta ComRes, 51% dos eleitores votaria
para ficar na União Europeia.
Enquanto
isso, na América latina, os chilenos optaram por virar a página na governação
do Chile e eleger um novo chefe de estado: o candidato vencedor da esquerda,
Gabriel Boric, com apenas 35 anos.
3.
Geopolítica
Nesta
área, a China e a Rússia continuam a sua histórica "guerra silenciosa"
para conquistar a supremacia regional e internacional, tendo sempre como
referência os Estados Unidos.
A vantagem parece estar do lado da República
Popular da China com o aumento de influência a nível mundial e a determinante
popularidade de Xi Jinping, com a aprovação da resolução histórica que o
aproxima de Mao Tse Tung e Deng Xiaoping.
A pressão e ameaça da Rússia para intervir
militarmente na Ucrânia, caso a NATO se aproxime das suas fronteiras - com a
adesão da Ucrânia à organização, à semelhança do já anunciado desejo da Geórgia
– NATO e UE - tem sido o principal foco de Putin, com pontuais deambulações de
apoio à Bielorrússia e ao "novo" Afeganistão.
4.
Ambiente
O
ano da COP26 - Cimeira do Clima e 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima de 2021, foi também o ano dos fenómenos extremos como as
cheias no norte da Europa, por exemplo na Alemanha e na Ásia, e os incêndios na
costa mediterrânica, na Califórnia e na Austrália, ou a erupção do Cumbre Vieja
em La Palma nas Canárias, com mais de 120 dias de actividade sísmica, deixando
um gigantesco rasto de destruição e mais de seis mil pessoas desalojadas.
5.
Conflitos Internacionais
O
ano de 2021, infelizmente não destoou dos anteriores no que respeita à
conflitualidade e à guerra, matando milhares e milhares de pessoas em todos os
continentes, a maioria inocentes, ou deslocando milhares e milhares de pessoas
que fogem ao flagelo da morte - mais de 82 milhões: Afeganistão, Camarões,
Chade, Colômbia, conflito Curdo-Turco, R.D. Congo, Etiópia, Faixa de Gaza,
Filipinas, Iémen, Indonésia, Iraque, Líbano, México, Myanmar, Nigéria,
Paquistão, República do Centro Africana, Ruanda, Síria, Somália, Sudão,
ou terrorismo islâmico no norte de Moçambique em Cabo Delgado, como tristes
exemplos.
6.
Economia
Esta
é uma realidade que marcou a economia em 2021 e que se perspectiva prolongar-se
pelo menos em 2022: a crise dos preços da energia, da logística e do
transporte, com claros impactos nos preços e fornecimento dos materiais e matérias-primas,
equipamentos e bens essenciais.
7.
Obituário
Da
defesa dos Direitos Fundamentais à Cultura, passando pelo jornalismo, o mundo
perdeu em 2021 personalidades marcantes como o Arcebipos Anglicano Desmond
Tutu, o Bispo D. Basílio do Nascimento - uma referência incontornável em
Timor-Leste, um dos nomes mais emblemáticos do jornalismo norte-americano,
Larry King, ou ainda o baterista dos Rolling Stone, Charlie Watts.
8.
Personalidades
No
plano internacional e tendo como pano de fundo a inevitável pandemia e por mais
cansados que estejamos dela, as minhas medalhas de ouro, vão ex aequo não
para um, mas para três personalidades internacionais cujo desempenho em 2021,
foi determinante em várias áreas.
Para
a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que ficará para
a história como a "Presidente da pandemia" pelo esforço
empregue na massificação da vacinação e no Apoio Financeiro da União Europeia
aos Estados-Membros para colmatar os impactos económicos e sociais da COVID-19,
a chamada "bazuca". Isto, sem esquecer a firmeza com
que enfrentou Boris Johnson no processo de aplicação dos acordos do Brexit, em
relação à Rússia no conflito com a Ucrânia, em relação à crise humanitária
provocada, deliberadamente pelo Presidente da Bielorrússia, ou a forma como tem
lidado com a resistência interna da Polónia e Hungria.
Para António Guterres, que foi de forma
clara e unânime, reconduzido como Secretário-geral da ONU, o que revela um
trabalho meritório à frente da gigantesca organização mundial, num período
significativamente difícil.
Por
último para Tedros Adhanom Ghebreyesus!... Goste-se ou não do senhor, seria de extrema injustiça não referir o
principal rosto do combate à pandemia a nível internacional, pela
responsabilidade que tem na gestão da principal organização de saúde do Mundo:
a OMS. A grande verdade, é que o Secretário-Geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, viu-se envolvido numa tragédia sanitária à escala mundial que
apanhou tudo e todos de surpresa, incluindo a própria OMS, a ciência, os
governantes e a medicina, sem qualquer conhecimento prévio deste vírus
SARS-Covd2. Mas isso não demoveu Tedros Adhanom de dar a cara, alertar e
indicar soluções, ao mesmo tempo que criticava a falta de solidariedade dos
países ricos para com os mais pobres, seja na ajuda humanitária e médica, seja
na distribuição das vacinas. Um papel e uma responsabilidade pública que não é
para qualquer um.