Com
tanto assunto para discutir neste novo arranque da legislatura, que diga-se, se
mantém incerto quanto ao seu ciclo; com tanto assunto para resolver no universo
político actual, designadamente em áreas tão importantes como a saúde e a educação, a agenda politica, tão questionável quanto desapropriada,
resolve contemplar-nos com eleições
presidenciais e putativos a putativos candidatos e candidatas.
Um facto, que
quer do ponto de vista partidário, quer do contexto político vigente, estando
longe de se perceber, nos leva a questionar, qual é afinal a pressa para uma
realidade que apenas acontecerá no início de 2026.
E a razão é óbvia, não só porque estamos ainda
bem longe desse processo, tendo em conta que há ainda um OE 2025 para decidir sem
se saber quais serão os impactos que daí resultam, como também um acto
eleitoral de enorme importância - quase que me atrevia a dizer mais
importante que as presidenciais - para o país, para os portugueses e para
as comunidades, que são as eleições autárquicas a terem lugar em Setembro/Outubro
de 2025.
Vir para o
espaço público tecer considerações sobre projectos presidenciais, ou sobre
“passadeiras” e desfiles de figuras presidenciáveis neste momento, a esta
distância e sabendo-se da vulnerabilidade das “certezas políticas”, não produz
qualquer resultado pragmático, não traz qualquer contributo para a agenda actual,
podendo isso sim produzir efeitos contrários aos que alguns perspectivam. Dito
isto, apenas uma coisa se afigura: procurar esconder do debate público, os
grandes problemas da politica nacional…