SEM CONTAR COM OS MILHÕES DA UE, QUE DESDE 1985, ENTRARAM NOS COFRES NACIONAIS, VAMOS ENTÃO A CONTAS:
Por cada 100 euros que cada trabalhador aufere fruto do seu trabalho, o Estado… e muito bem, retira-lhe 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social!...
A entidade empregadora que lhes paga, tem igualmente de pagar ao Estado, e... muito bem, mais 23,75 euros por cada 100 euros que paga a cada trabalhador!...
Por cada 100 euros que se gaste no supermercado, no cinema, na bola, em qualquer espectáculo, o Estado e... muito bem, cobra 21, 13 ou 6 euros, conforme os artigos adquiridos!...
Resulta de tudo isto:
Que por cada 100 euros que um trabalhador ganhe, o Estado fica com 55 euros limpinhos;
Que por cada 100 euros que gaste, o Estado fica com o mínimo de 6 e o máximo de 21 euros, igualmente limpos;
Que, quando lucra 100 euros, o Estado enriquece 33 euros sem se “chatear”;
Que, quando compra um carro, uma casa, herda uma propriedade ou se organiza num qualquer negócio, o Estado fica quase com metade das verbas envolvidas;
Para além disto:
Por cada 100 euros de gasolina que gaste 65 euros revertem para o Estado;
Se quiser consultar um médico ou um advogado, já sabe: ao preço da consulta, acrescem mais 21% de IVA;
Se tiver uma casa ou venha a adquiri-la, tem de se haver com o IMI anual, que ronda 1% do valor patrimonial da habitação, o que significa, que em média e por cada 100.000 euros e por cada habitante, o Estado arrecada 1000 euros;
Para além disso, tem de se haver com o imposto pela utilização dos esgotos, que em média ronda os 70 euros anuais;
Se tiver automóvel e para além dos impostos pagos a 21% com os custos de manutenção, tem ainda de se haver com o Imposto Automóvel, pago anualmente em função da data da respectiva matricula, com o IVA de 21%, resultante das Inspecções e agora com as SCUTS;
Se tiver uma arma, para se defender da “gatunagem”, já sabe: espera-o o custo da licença, que ronda os 125 euros e o pagamento de um curso que agora é obrigatório.
AGORA IMAGINEM:
Se a todas estas receitas, pudéssemos acrescentar as boas vontades de todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidindo voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento;
Se os gestores públicos optassem por carros dez por cento mais baratos e que reduzissem as suas dotações de combustível em dez por cento;
Se as suas despesas de representação diminuíssem dez por cento também, e se retirassem dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas;
Se os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tivessem ESTADO escrito nas portas e fossem apenas usados em funções do Estado;
Se dispensassem dez por cento dos assessores e consultores e passassem a utilizar a prata da casa para o serviço público;
Se gastassem dez por cento menos em pacotes de rescisão, para contratos de conveniência;
Se os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspirassem nisto e aceitassem uma redução de dez por cento nas suas pensões!.... Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias;
Se fossem extintas, dez por cento das empresas municipais, institutos públicos, fundações, empresas de consultadoria e com elas igual número de “clientes”;
Se os políticos tivessem “cabeça” e gastassem menos dez por cento em obras megalómanos, menos dez por cento em submarinos, menos dez por cento na construção de pontes, aeroportos ou TGVs;
Se fosse combatida a economia paralela, geradora de injustiças sociais, de ausência de impostos e de fraudes contra o Estado;
Se aumentassem em dez por cento os impostos sobre a banca:
Se impedissem em dez por cento as transferências de capitais para os paraísos fiscais;
Se parte do pecúlio ganho fosse empregue no relançamento da economia;
SERÁ QUE AINDA SE FALARIA EM CRISE?!...
Imaginem agora senhores politicos, o efeito que isto teria no défice das contas públicas...
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam...
Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares...
Imaginem tal pecúlio, a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença, ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma qualquer cirurgia...
Imaginem remédios dez por cento mais baratos...
Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde e sem o “cheque dentário”...
Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros...
Imaginem as pensões miseráveis que se poderiam actualizar...
Imaginem todo esse dinheiro bem gerido...
Imaginem o IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também, e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal…
Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas...
Imaginem que tal conduta é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo…
Imaginem que país podíamos ter se fizéssemos tudo isto... e soubéssemos gerir os dinheiros públicos…
Imaginem que país seremos se não o fizermos... E SE PENSAREM APENAS EM “SACAR” AO CONTRIBUINTE…