29 junho, 2018

O TRIBALISMO NÃO VINGOU E FOI ESCORRAÇADO DE ALVALADE!...


O Sporting Clube de Portugal é um clube português, eclético por natureza e multi-desportivo. Foi fundado a 1 de Julho de 1906, tem sede em Lisboa no Complexo Alvalade XXI e é um dos chamados "três grandes" do futebol português, com mais de 160.000 sócios registados, cerca de 3,5 milhões simpatizantes em território nacional, e muitos outros a nível mundial.
Até aos dias de hoje, transcorrido mais de um século de existência, as equipas e atletas do Sporting ganharam nove medalhas olímpicas - duas de ouro, seis de prata e uma de bronze. O Clube conquistou 29 taças europeias em cinco modalidades distintas, bem como diversos títulos nacionais e distritais.
No Museu Mundo Sporting, encontram-se em exposição mais de duas mil taças e troféus de trinta e duas modalidades desportivas, que reflectem a riqueza do percurso do clube, com objectos históricos desde o já longínquo ano de 1902, até à actualidade.
Apesar de competir em vários desportos, o Sporting é porém mais conhecido, sobretudo pela sua equipa principal de futebol, que foi campeã nacional da Liga Portuguesa por 18 vezes, sendo também detentor de 16 Taças de Portugal, 19 Campeonatos de Lisboa, 8 títulos da Supertaça Cândido de Oliveira e 1 Taça da Liga, num total de 66 títulos nacionais até à época de 2017-18.
Internacionalmente, o Sporting venceu a Taça dos Vencedores de Taças em 1963-64, caso único no panorama desportivo português, foi vice-campeão da Taça UEFA 2004-05, e campeão da Taça Ibérica em 2000. Ocupa actualmente a 37.ª posição do ranking de clubes da UEFA e o 78.º lugar no ranking IFFHS.
Mas não há bela sem senão!... Nos últimos meses, a tese de que o tribalismo social anda por aí e vem pela mão do populismo desportivo - em particular do mundo do futebol profissional, confirmou-se. O que se passou na Academia de Alcochete e na semana que antecedeu a final da Taça de Portugal, foi grave demais para ser relativizado.
Primeiro, uma milícia de cara vendada atacou o Centro de Estágio, suspeitando-se seriamente de que o acto terá sido encomendado a partir de dentro do próprio clube. Tratou-se claramente duma acção terrorista – porque pretendia aterrorizar jogadores e equipa técnica, como veio a acontecer – tanto através de actos de violência, destruição de equipamentos e agressões físicas, como de palavras - insultos e até ameaças de morte.
Depois, nada disto teria a gravidade que veio a revela-se, não fora a postura reiterada do presidente do clube e da SAD, de hostilização dos jogadores e treinador, através de prolixas declarações públicas lançadas com o objectivo óbvio de incendiar os ânimos dos adeptos mais fanatizados, como se viu. Bruno de Carvalho nada fez para amenizar ao ânimos!... Tão pródigo em avançar com processos de toda a ordem, nunca se lhe ouviu a intenção de processar administrativamente os energúmenos e expulsá-los do seio do clube. Bruno de Carvalho calou, e quem cala consente.
Bruno de Carvalho preferiu ao invés, enveredar por um tipo de liderança mentirosa, populista e demagógica, que teve sempre como objectivo manipular as emoções do “mundo sportinguista” e até do país em geral, mentindo a toda a hora e a todo o momento, sempre que lhe dava jeito.
Porém e como sempre, a “mentira tem perna curta” e Bruno de Carvalho teve o fim que merecia!... Saíu pela porta pequena dos fundos, com uma arrebatadora derrota de mais de 70% dos votos em urna no Altice Arena. Nem o seu deprimente comportamento durante a Assembleia Geral, comandando feito "general" - numa atitude previamente concertada - as suas tropas arregimentadas via Facebook lhe valeu. Bruno esqueceu que o “povo é quem mais ordena” e que o “povo sportinguista” era o único que tinha em mãos a possibilidade de decidir sobre o futuro desta gloriosa Instituição.
E depressa esqueceu também, que o nosso clube é o "melhor de todos", ainda que não ganhe nada. A superioridade moral está do lado das nossas cores, não do lado de quem uma vez derrotado depressa hipoteca a sua condição de sócio e até de simples adepto – Bruno de Carvalho não presta e as suas atitudes demonstraram-no “ontem e hoje”.
Uma coisa é porém certa: todo este enredo, serviu pelo menos para uma coisa boa!... Para se desmascarar a falácia do modelo presidente-adepto, que não passa duma aberração populista aplicada ao desporto em Portugal. Hoje Bruno de Carvalho, nem lugar tem na “turba donde proveio”. Deus nos livre de gente deste calibre...