26 abril, 2011

PORTUGAL ESTÁ A SAQUE!...

Andam por aí políticos, que não se cansam de dizer, que é preciso falar verdade aos portugueses. Mas que verdade?!... A verdade deles?!... A verdade do politicamente correcto?!... Então os portugueses são tão ignorantes, que não conhecem a verdade?!... Não sabem os portugueses, que o saque ao país – ou do país se assim o entenderem – se iniciou em 1985 e atingiu agora o seu auge?!...Não sabem os portugueses, que tal saque, teve e tem, como principais protagonistas, governantes, politicos, bancos, banqueiros e toda a casta de agiotas e corruptos, que o levaram à miséria?!... Então os portugueses não sabem que foi esta gente quem abriu falência dos sectores primário e secundário a troco da subsidio-dependência?!... Não sabem os portugueses, da publicidade da banca e dos banqueiros, oferecendo dinheiro a “rodos” a qualquer “bicho careta”, que agora tem de ser pago pelos mesmos de sempre, face à caloteirice e consequente descapitalização dessa mesma banca?!... Não sabem os portugueses, que o crédito mal-parado, que atinge milhares de milhões de euros é fruto dessa publicidade sem limites?!... E não sabem também os portugueses, dos grandes focos de corrupção que se instalaram no país, das parcerias público-privados, da multiplicação dos institutos públicos e das fundações, dos escândalos do BPN e do BPP e dos crimes de colarinho branco que abundam por esse país fora e para os quais a justiça nunca encontrou respostas?!... Então querem melhor verdade que esta?!... Querem fazer dos portugueses estúpidos ou ignorantes e branquear o que não é branqueável?!...
Não nos iludamos!... Quando oiço dizer, que dos oitenta mil milhões que aí vêm do FMI, dezoito mil milhões vão direitinhos para recapitalização da banca , está tudo dito. Os pobres vão ficar mais pobres, e os ricos cada vez mais ricos.
Não se pense, que isto vai ser como em 1983, quando dispúnhamos da nossa soberania, quando podíamos emitir moeda, proceder à sua desvalorização e com mais ajuste ou menos ajuste dar a volta ao texto...
Hoje a situação é muito diferente!...Vejamos só isto: Como forma de combater as influências da Europa de Leste, o capitalismo produtivo dominante até à primeira metade dos anos 80 do século passado, possuía uma determinada ética, tinha os seus valores, baseados na equidade, na justiça ou boa fé das relações económicas. Possuía um carácter social, promovia a educação pública como factor de desenvolvimento, a saúde e a segurança social como factores de coesão social e direitos do homem e do cidadão. Detinha preocupações sociais, não apenas para os menos favorecidos, mas para todos, porque encarava a sociedade como um todo social.
Hoje, que já não existe “o tal perigo” dessas mesmas influências, caíu a ética das relações económicas, caíram os direitos dos cidadãos para nascerem os direitos dos consumidores. O homem passou a ser considerado não como ser social, mas tão só, como elemento de mercado. Esvazia-se o conteúdo social da cidadania e substitui-se por um conteúdo de gestão técnica do mercado, dominado pelas grandes potências.

Atentemos no que se passa actualmente: Segundo o Banco Internacional de Compensações (em inglês BIS, Bank for International Settlements), a banca internacional possui créditos de Portugal, Grécia e Irlanda num valor total de 990 mil milhões de euros até ao terceiro trimestre de 2010, o equivalente a mais de 5,8 vezes o PIB português. Desses 990 mil milhões, 194 dizem respeito à Grécia, 571 à Irlanda e 225 a Portugal.
Pelo valor dos créditos, 990 mil milhões de euros em apenas três países, podemos imaginar a força colossal que possui hoje o capital financeiro que livremente, sem barreiras ou regulação alguma, circula em todo o mundo à velocidade da luz, especulando e procurando em toda a parte e a todo o instante as ocasiões mais favoráveis à sua insaciável ganância.
Falando por nós, que resposta poderá dar Portugal, na presença de uma situação destas?!... Zero!... A razão é simples: Ausência de soberania. O que traduzido, quer dizer, que o capital financeiro não responde e está-se completamente a “borrifar” para quaisquer limitações impostas pelas políticas nacionais, antes e ao contrário, são as políticas nacionais que perderam autonomia e a capacidade de intervir face a tal conjuntura. Foi isto, que levou a que a política da Europa se uniformizasse e os partidos europeus da área do poder, se vissem obrigados a seguir o que Bruxelas e a senhora Merkel ditavam. Hoje, a ausência de soberania é tão acentuada, que para os “donos da Europa”, pouco lhes interessa que os governos nacionais tenham uma matriz de esquerda ou de direita. O que lhes interessa isso sim, é uma política europeia de sentido único – o neoliberalismo, pouco importando que a sua aplicação venha de socialistas, liberais, conservadores de direita ou de quem quer que seja.
Ainda que os amantes do poder o neguem, esta é a cartilha que nos espera depois das eleições de Junho próximo!... Uma cartilha que vai ser bem dura de roer e que irá ser geradora de mais recessão, mais desemprego, mais fome e mais miséria. Não há volta a dar: Ou há coragem e se muda de politicas, ou à semelhança da Grécia e da Irlanda, ficaremos ainda piores a muito curto prazo. Não tenhamos dúvidas: As próximas vitimas, estão na forja e seguidamente será o colapso.
Para evitar males maiores, está na hora isso sim, de os portugueses mostrarem um cartão vermelho a todos quantos contribuíram para a ruína do país e pensar seriamente na saída do euro. Não é fácil, mas não há outro remédio. Naturalmente com a mesma paridade com que entrou -1 euro por 200,482 escudos.
Desvalorizar o escudo - o que traduz uma efectiva redução da dívida pública -, integrar o Instituto de Gestão do Crédito Público no Banco de Portugal, entidade emissora de moeda e dívida, reformar a administração pública, combater a corrupção, as politicas de favorecimento, as parcerias, os “apoios” a fundações e institutos públicos, extinguir empresas municipais sem qualquer cabimento, promover a reforma do actual quadro administrativo, promover a regionalização e proceder ao desenvolvimento dos vários sectores da economia, representará o inicio de uma nova “era”. Não à volta a dar…

13 abril, 2011

NEM OS MÉDICOS NOS "SAFAM"...

Portugal está doente e o Dr. Fernando Nobre, é mais um virús a atacar a debilidade em que o país se encontra.
Ontem”, Fernando Nobre, era o cabeça de lista do PSD por Lisboa e candidato a Presidente da Assembleia da República!... “Hoje”, o mesmo Fernando Nobre, auto-proclama-se como o número um da lista do PSD por Lisboa, mas… com renúncia prometida a qualquer cargo, caso o Partido não alcance uma maioria, e consequentemente a possibilidade, de o fazer ascender ao cargo de segunda figura do Estado.
Isto não é chantagem!... Isto é muito mais. É falta de respeito pelos portugueses, pelos eventuais eleitores que nele acreditam, e é “doença”!... Isso mesmo, “doença”, em atingir determinado cargo, não olhando a meios para atingir os fins. Mais: Esta tragicomédia Nobre, é um exemplo da queda de um anjo, nas tentações afrodisíacas do poder. Isto é uma vergonha!... Mas pior do que isso, é que indo a procissão ainda no adro e as deserções proliferarem, Passos Coelho continua a meter água. Primeiro foi Manuela Ferreira Leite, que bateu com a porta, a seguir foi Capucho que diz não estar para aturar tais comportamentos, Santana Lopes considera tal nomeação um escândalo, o professor Marcelo considera-a uma decisão arriscada, Marques Mendes prefere a praia e Luís Filipe Menezes um eterno apoiante de Passos, recusou mesmo a possibilidade de um alto cargo, preferindo manter-se em Gaia. Significa isto, que o barquinho, está gloriosamente a afundar-se e que para o naufrágio ser completo, só falta mesmo a orquestra do Titanic.
Sejamos claros e francos: Este virús começou com a escolha deste senhor doutor, para cabeça de lista do PSD por Lisboa e com a proeminente promessa, de vir a ocupar o cargo de segunda figura do Estado. Ao contrário de algumas opiniões, acho uma péssima ideia o convite a Fernando Nobre para encabeçar a lista de deputados pelo círculo de Lisboa e ainda por cima com o intuito já revelado. A meu ver, esse convite é prejudicial tanto ao PSD como para o próprio Fernando Nobre. Vejamos por que razões.
Em primeiro lugar, não faz qualquer sentido um partido indicar aos eleitores que tem um candidato a Presidente do Parlamento. O Presidente do Parlamento é escolhido pelos deputados, dependendo da maioria existente no Parlamento. No caso de Fernando Nobre, a candidatura a Presidente do Parlamento aparecerá ao eleitorado como uma tentativa de alcançar o segundo cargo do Estado, depois de ter falhado o primeiro, sendo por isso, visto mais como um projecto pessoal do que político. Tal só servirá para desbaratar o capital político acumulado nas presidenciais.
Em segundo lugar, o PSD em nada vai alargar o seu universo eleitoral com a candidatura de Fernando Nobre e até o poderá reduzir. Passos Coelho está a cair no mesmo erro de Manuela Ferreira Leite quando candidatou nas últimas eleições Maria José Nogueira Pinto a deputada pelo círculo de Lisboa, julgando que assim retirava votos ao CDS. Ora, o CDS teve nas últimas eleições uma votação esmagadora, ultrapassando pela primeira vez em muitos anos os dois dígitos. Na verdade, está demonstrado que em Portugal chamar candidatos de outras áreas políticas não compensa e até penaliza. Ora, o currículo de Fernando Nobre, passa pelo Bloco de Esquerda, e depois, o facto de ter sido candidato da linha soarista do PS contra Manuel Alegre tornam-no adequado para tudo menos para ser candidato pelo PSD. Há muitos eleitores do PSD, muitas figuras proeminentes do PSD, que não se vão rever minimamente nesta candidatura.
Em terceiro lugar, Fernando Nobre defrontou há dois meses Cavaco Silva nas eleições presidenciais, tendo Cavaco Silva sido apoiado pelo PSD. Não se compreende por isso, que o PSD agora o venha apresentar como candidato a deputado nas suas listas, depois de ter estado há pouco tempo contra a sua candidatura a Presidente. Com isto, transmite-se uma imagem de que não é o candidato Fernando Nobre que é desejado, mas antes os votos que ele obteve nas presidenciais. Ora, é manifesto que esses votos não são transferíveis para o PSD e quem pensa o contrário, não sabe minimamente o que é politica, ou por outra: Não sabe, nem tem arcaboiço para ser um pequeno, quanto mais um grande politico.
Há apenas um enquadramento em que a candidatura de Fernando Nobre faz todo o sentido!... Perante a verdadeira catástrofe humanitária que vai ser a entrada do FMI em Portugal, é melhor de facto chamarmos desde já a AMI. Pode ser que Fernando Nobre, com a sua experiência em ajudar as pessoas atingidas por catástrofes, possa dar algum contributo neste quadro trágico e negro em que Portugal caiu. Aí sim, Nobre terá o meu apoio…

06 abril, 2011

F.M.I.?!... NÃO OBRIGADO...

No inicio da década de 80, quando da passagem da Aliança Democrática - formada pelo PSD/CDS/PPM - pelo Governo de Portugal, o défice das transacções correntes, subiu de 5 por cento do PIB em 1980, para 11,5 por cento em 1981 e 13,2 por cento em 1982. Para pagá-los, a dívida externa subiu de 467 milhões de contos em 1980, para 723 milhões em 1981 e para 1.199 milhões em 1982. Tal como agora e face ao défice em crescendo, os mercados financeiros estavam à beira de fechar a torneira e na ausência de respostas do dito Governo da Aliança Democrática, surgiu o bloco central (PS/PSD), presidido por Mário Soares e Mota Pinto.
No ano seguinte, em 1983 portanto, a inflação chegou a atingir os 30% e com as constas públicas no caos, os “amigos” Willy Brandt e Mitterand, não tiveram dúvidas: A Portugal não restava outra coisa, senão solicitar a intervenção do Fundo Monetário Internacional. Mário Soares e Mota Pinto, não se fizeram rogados, e “em nome da Europa Connosco", não se inibiram de pedir sacrifícios aos portugueses, sem os quais não era possível o saneamento das contas públicas e a consequente adesão à então CEE-Comunidade Económica Europeia.
Contas feitas, o Governo optou então por recorrer ao FMI, não sem suscitar veementes críticas dos Partidos à sua esquerda, à sua direita e mesmo de distintas figuras do próprio PSD que fazia parte do Governo. "Evidentemente que havia alternativas", defendia na altura João Salgueiro, uma dessas ditas figuras. "Nós temos reservas substanciais que podíamos mobilizar, só que em termos de conveniência, é muito mais custoso mobilizar recursos do que fazer um acordo com o FMI."
As negociações iniciaram-se a 18 de Julho de 1983. A delegação do FMI era chefiada pela italiana Teresa Ter-Minassian, conhecida pela sua elegância e simpatia, mas pela dureza a negociar. A carta de intenções foi assinada a 9 de Agosto e o Fundo desbloqueou os apoios necessários - 300 milhões de dólares para financiamento da dívida e 100 milhões para quebras de exportações (vejam só o que isto significa). Mas a terapia foi pesada. Redução do défice de transacções correntes de 9,3% em 1983, para 6% em 1984. O défice orçamental deveria passar de 11,7 % em 1982 para menos de 10 % em 1983 e 7,3 % em 1984. Para reduzir as importações, era preciso cortar nas despesas dos portugueses e do Estado. Foi então decidido, como descreve o relatório do Banco de Portugal de 1983, um "forte aumento dos impostos directos e indirectos (a que hoje chamam de IVA), a redução de despesas do sector público administrativo e o congelamento de parte das despesas de investimento das empresas públicas", que teve a lógica consequência dos despedimentos para números que atingiram os 11% da população activa, isto, para além de ter sido criado um imposto extraordinário sobre rendimentos prediais, um imposto sobre capitais, um imposto profissional e o corte do subsídio de Natal, que depois de gerar grande polémica e uma guerra jurídica, foi ratificado por decisão do Tribunal Constitucional.
Mas se todas estas medidas pesaram, e de que maneira no bolso dos portugueses, o principal objectivo tinha sido conseguido: Sanear as contas públicas e bater à porta da Europa Connosco, que faria de Portugal um país “moderno” e de “sucesso”, á semelhança dos seus parceiros europeus da época.
Gasto, enfraquecido e contestado até ao “tutano”, como consequência das medidas impostas aos portugueses, quem viria a beneficiar de tal situação, foi Cavaco Silva. Isso mesmo: Em 1985, fruto do desgaste do Governo do Bloco Central, Cavaco Silva é eleito primeiro-ministro, e herda um país já inserido na Comunidade Económica Europeia (CEE).
Um período de “fartura”!... Muita fartura… Os fundos comunitários não paravam de aterrar em Portugal, mas o país para além de gastar mais do que produzia, ainda canalizava os fundos para todo o lado, menos para onde os devia canalizar. È aqui, que nasce o “monstro”… o monstro que ainda nos consome...
Hoje não restam dúvidas!... A entrada de Portugal na CEE, hoje denominada UE, e as medidas económicas e financeiras que desde então, esta sempre decretou, associadas aos venais erros de governação, que desde a respectiva adesão se vieram a verificar e à crise internacional, são a consequência lógica da situação económica e social catastrófica em que mergulhou o país. Como é possível a sobrevivência económica de uma nação, que importa anualmente artigos de primeira necessidade (e apenas destes), cujos custos orçam no montante de 1.700 € per capita, o que multiplicado por 10 milhões de portugueses, significa uma gasto de 17 mil milhões de euros?!... Para mal dos nossos pecados e com o beneplácito dos nossos Governos, foi isto mesmo que os poderosos da UE nos impuseram.
Mas há mais:
Nos traços fundamentais da política económica da UE ressaltam ainda:
1-As políticas de juros e crédito fácil, que deu origem a uma desenfreada e insustentável especulação urbanística, imobiliária e financeira;
2- As medidas incentivadoras da desindustrialização nacional, levando grandes empresas nacionais na área da metalomecânica à falência ou vendidas ao desbarato a consórcios estrangeiros, de que a Sorefame, Lisnave, Fundição de Oeiras e tantas outras são exemplos;
3- As politicas de abate e desinvestimento na industria das pescas;
4- As politicas de total desinvestimento na agricultura, acabando-se com a reforma agrária, a promoção desenfreada da emigração e a abertura incondicional do nosso país aos mercados do resto do mundo, politica que apenas favoreceu e favorece os países economicamente mais fortes e desenvolvidos da UE, permitindo-lhes o crescimento económico e a criação de emprego.
Mas como se tal não bastasse, a UE através das instituições financeiras, emprestava dinheiro a rodos e a juros baixos, aos bancos, ao Estado, aos particulares. O objectivo, era apenas um: Não produzam mas consumam os excedentes dos nossos produtos porque nós emprestar-vos-emos todo o dinheiro de que necessitem.
Todos os Governos foram no engodo, e despreocupados acreditaram que talvez, uma vez entrados na UE, os problemas se resolveriam, sob o grande guarda-chuva da UE, pensando mais em si e nas suas clientelas que no país, ao mesmo tempo que iniciavam e ampliavam a cada ano, uma paulatina mas profunda “reforma” na Administração Pública, com a criação de imensos órgãos do Estado parasitários, que ampliou a corrupção e elevou a despesa pública para níveis insuportáveis.
Hoje, com os juros da dívida pública a níveis proibitivos e com as necessidades de financiamento do Estado, constatamos que afinal a UE, longe de constituir uma solução para o atoleiro a que nos conduziram as suas políticas, que como bons alunos sempre seguimos, se comporta afinal, com a tão badalada “ajuda” do FEEF, do mesmo modo e da mesma forma e com os mesmos juros, que o FMI se comportaria com um qualquer país fora da zona euro em circunstancias iguais, o que constituirá seguramente uma profunda desilusão para aqueles que ao longo dos anos sempre endeusaram a UE.
Com este comportamento e com a crise, revela-se claramente a verdadeira natureza desta UE. Domínio decisório e absoluto da Alemanha, na defesa intransigente dos seus próprios interesses económicos e financeiros, funcionando o Banco Central Europeu com o único propósito de alcançar tais objectivos, enquanto o Governo oficial europeu, os comissários europeus, o parlamento europeu, se refugiam na maior obscuridade e no mais profundo silêncio sem qualquer iniciativa ou acção política abrangente e esclarecedora. Na verdade, seria ao Governo europeu a quem competiria discutir os problemas da crise e o modo de sair dela, a quem competiria discutir com cada país em dificuldades, as medidas alternativas necessárias e não à senhora Merkel. Mas não!... Tal como em 1983, alguém quer repetir a mesma história, a história em que única coisa que muda são os protagonistas. Em vez de Brandt e Mitterand, é agora a vez da “regente” e do seu assessor Sarkozy, imporem as suas regras. Este é um filme e um peditório para os quais já contribuí e que não quero, nem recomendo. Um filme, que possui a mesma orgânica e filosofia de esbulho do FMI-versão 1983 e que despreza em absoluto a envolvente nacional, as pessoas e as condições indispensáveis ao crescimento económico.
Tal como em 1983 afirmou João Salgueiro, "existem alternativas", "temos reservas substanciais que podemos mobilizar, só que em termos de conveniência, é muito mais custoso mobilizar recursos, do que fazer um acordo com o FMI."