17 julho, 2015

O GOVERNO DA "BANCARROTA SOCIAL"/O ESBULHO CONTINUA...


Já toda a gente sabe, que o senhor Pedro Passos Coelho tem um sério problema com a verdade!... A verdade, é qualquer coisa que não lhe assiste. Desde que começamos a conhecer o sujeito, sempre assim foi, e hoje, é já a personificação da personagem principal da história "Pedro e o Lobo". No que dia em que conseguir vencer a patologia que o leva a mentir cada vez que abre a boca, no dia em que vier a dizer uma verdade, já ninguém vai acreditar nele.

Foi com mentiras que Pedro Passos Coelho chegou ao poder, foi com mentiras que Pedro Passos Coelho se tem mantido no poder, e será com mentiras que Pedro Passos Coelho há-de ir embora, apesar de tudo, já tarde de mais.Mas ainda assim, não se contenta com as mentiras que diz!... Complementa-as, dizendo que as mentiras que ele disse não foram ditas por ele, relegando para “mitos urbanos” as patranhas com que vive.


Pedro Passos Coelho que chegou ao poder recorrendo à manipulação e a campanhas de comunicação - um dia saberemos quem as pagou - continua a utilizar as mesmas armas, numa desesperada tentativa de se agarrar ao poder. Certamente estará com algum receio de cair da cadeira...


Hoje, com o “estalar” de mais uma das suas habilidades e do seu Governo, nunca foi tão clara a diferença entre cidadão e servo, a que Marx um dia chamou, a "luta de classes", que esta direita neo-liberal e retrógrada está a ressuscitar. Depois do esbulho dos subsidios de férias e de natal só travados pelo Tribunal Constitucional; depois do esbulho nos vencimentos que chegaram a atingir os 12,5%; depois do “assalto à mão armada” no que a impostos diz respeito - assim classificado por uma distinta figura do seu Partido; depois do esbulho aos reformados e pensionistas; depois dos ataques à saúde e à educação; depois do espirito egoísta e da divisão criada entre velhos e novos, entre empregados e desempregados, entre trabalhadores do Estado e do sector privado, entre ricos e pobres, entre "piegas" e submissos, entre indignados e colaboracionistas; depois do incentivo à emigração; depois de falências continuadas de pequenas e médias empresas; depois do alastrar da fome e da pobreza; depois do desemprego criado; depois da descida do IRC que beneficia as grandes empresas em milhões de euros; e depois de tanta oferta aos grandes grupos económicos que estão a comprar o país a pataco, nunca foi tão claro o que é uma política de interesses, em prejuízo dos mesmos de sempre.


Último exemplo, é o relatório demolidor do Tribunal de Contas hoje dado a conhecer sobre os descontos da ADSE. Com os aumentos nas respectivas contribuições, só em 2014, o Governo conseguiu “sacar” aos funcionários públcos, para além do que já vem sacando, mais qualquer coisa como 138,9 milhões de euros, que injectou na consolidação das contas públicas para efeitos de diminuição do défice. Foi o próprio Primeiro-MInistro que o afirmou.


Para 2015 e segundo o mesmo relatório do Tribunal de Contas, bastaria uma contribuição de 2,1% para que os custos com os cuidados de saúde prestados fossem integralmente financiados pelos beneficiários.Mas o Governo não entende assim!... É preciso "sacar" cada vez mais e os 3,5% que na altura valeram até a recusa do Presidente da República em promulgar o diploma, são para continuar. Um verdadeiro saque, efectuado por um governo que só descansa quando a bancarrota social estiver concluída.