Em
qualquer eleição, por um voto se perde e por um voto se ganha!... É isso que
fica para a História…
Nestas eleições e como é óbvio, também houve vencedores e vencidos. No primeiro caso, Orlando Alves, tendo cumprido e bem a sua missão, venceu. Isto é, à partida para o seu último mandato e à semelhança dos dois anteriores, fechou este último desígnio para lá chegar com chave de ouro, obtendo pela terceira vez consecutiva, uma maioria absoluta. E não foi por acaso que isso aconteceu!... Se o conseguiu, é porque tem obra e a esmagadora maioria do povo lhe reconheceu por isso mesmo mérito para lá chegar.Tudo o resto são falácias!. E mais: conseguiu-o de uma forma brilhante, resistindo a tudo!... Ao desgaste provocado pelos dois últimos mandatos; à rivalidade artificialmente criada por alguns, entre Montalegre e Salto; às acusações sobre a sua alegada familiaridade com a exploração mineira; e até à sua condição de arguido. Mas não só!... Orlando Alves, resistindo a tudo isso, resistiu também à ingatidão e às traições de eleitores, da sua própria área politica.
Foi por isso, que o resultado
foi aquilo que foi!... Dando a cara, nunca se escondeu por detrás de uma
qualquer barricada e com a sua conduta e a equipa que o acompanhou, ganhou não
só a Câmara, como também, 19 das 25 freguesias do concelho, “reservando” para a
Oposição e independentes apenas 6, para dividirem em partes iguais. Foi o povo
que assim o ditou.
No segundo caso, é verdade que perdeu a “capital da república”, mas perdeu-a de pé e mais por mérito das circunstâncias, do que por demérito seu. Uma perda - diga-se, assente num triângulo de interesses, onde não faltaram comportamentos brejeiros por parte de quem faz vida nas redes sociais; de ressabiados do sistema; da nomenclatura do próprio clero local, ao meter o nariz– embora procurasse disfarçar - onde não era chamado; e nunca por mérito de uma Oposição, com mais jeito para filmes policiais, do que para uma actividade tão nobre como é – ou deveria ser – a politica.
Tais ditâmes não constituíram
segredo e estiveram à vista de todos. Ora quando uma Oposição se dá ao luxo de
perder – como perdeu – uma oportunidade com estes ingredientes,
limitando-se a fazer umas “cócegas ao Presidente”, tal sugere, que tem ainda um
longo caminho a percorrer, para desalojar alguém que no final de 2025 contará
com 36 anos de presença contínua na gestão do Municipio.
Um facto, que constitui, tal
como Boticas do outro lado da linha, um verdadeiro recorde. Não venham é agora
justificar-se com a falta de democracia.
(Texto escrito segundo a antiga ortografia)