Portugal
não tem um governo!... Tem isso sim, um logro do qual o Presidente
da República é o principal responsável. Como diria qualquer
democrata que se preze, tem isso sim, um bando de gente pouco
recomendável, que desiludida com o país, procura beneficiar até ao
fim, do poder que Cavaco Silva lhe prorrogou, após a demissão do
irrevogável Paulo Portas.
Em
época de crise e desespero, não mexeram onde se comprometeram a
mexer!... Mantiveram à solta as EPs, os benefícios às Fundações
e as ajudas aos privados a quem obstinadamente querem entregar as
funções sociais do Estado, ao mesmo tempo em que se apressam a
despedir funcionários públicos e tentam confiscar pensões, a que
chamam Reforma do Estado.
As
apreciações da Troika foram sempre de louvor e distinção, até à
próxima espoliação dos contribuintes, como se o esbulho não fosse
já a corda que asfixia e a guilhotina que separa a cabeça do tronco
sem vida da classe média.
O
governo mente ao Parlamento e ao País, a ministra das Finanças
estrebucha na lama dos swaps, o ministro dos Negócios Estrangeiros
oculta a passagem pela SLN, o vice-primeiro-ministro emerge do
submarino que desce para subir à chefia do governo a anunciar a
retoma como obra do CDS, e o primeiro-ministro entretem-se por aí a
ameaçar os juízes do Tribunal Constitucional e a dar palpites sobre
o que os “prestamistas” e os “avençados” devem dizer aos
Juízes .
Para
compôr o ramalhete, até Mexia,
o “chinês de origem portuguesa”, tem o arrojo de substituir a
reflexão dos juízes do Tribunal Constitucional, pela sua douta
opinião de sábio constitucionalista: «A leitura da Constituição
tem de ter em conta as restrições do mercado», diz o artista, como
se os partidos e os cidadãos estivessem representados por quem nunca
se submeteu ao escrutínio público.
A
chantagem é a arma de quem não tem da honra o menor resquício e da
democracia a mais leve ideia.
Se
alguém ainda tem dúvidas, que as perca!... O que se passa, é que
efectivamente está em curso o maior EMBUSTE de sempre na Política
Portuguesa. Passos
Coelho não cabe – nunca coube - na
linha ideológica tradicional do PSD e sendo assim, não é por
acaso, que
a “estória” recente se resume simplesmente a dois ciclos!... O
primeiro, aquele em que os “pobres dos banqueiros foram votados à
miséria e ao abandono” e a “tropa macaca” viveu acima acima
das suas possibilidades, gastando como se não houvesse àmanhã. O
segundo, aquele em que fruto da “competência do governo ” e
principalmente do seu “maestro”, fomos “chamados à realidade e
regressámos aos bons costumes”.
É
por estas e por outras, que o “cavalheiro” e os seus
“compinchas”, são já hoje
severamente criticados por destacadas figuras do Partido, a tal ponto
de alguns mais atrevidos, já apelidam a respectiva direcção de
“uma seita”. Ora uma “seita”, jamais poderá ser comparada a
um Partido, ainda por cima, com a responsabilidade e o passado
histórico do PPD/PSD.
Este
governo, suportado pela TROIKA, comprometeu-se quando tomou posse
a:
-
Reduzir o Défice;
-
Reduzir a Dívida;
-
Reduzir o Desemprego;
-
Fazer crescer a Economia;
-
REGRESSAR AOS MERCADOS, estabelecendo Setembro de 2013 como meta.
A
Política Económica desenhada para alcançar estes objectivos,
acabou por se DEMONSTRAR COMO DESASTROSA e os resultados dos quatro
primeiros objectivos foram:
-
O défice aumentou e para além de aumentar está descontrolado;
-
A Dívida Pública aumentou e está igualmente descontrolada;
-
O Desemprego cresceu para valores nunca vistos;
-
O PIB tem vindo a afundar-se até limites impensáveis.
Convém
aqui notar, que as recentes estatísticas que dizem que o desemprego
está a baixar, ou que o PIB parou de cair, são completamente
FALSAS.
Explicando
melhor: Para fazerem estas afirmações, comparam dados de trimestres
consecutivos, quando as comparações têm de ser feitas com
trimestres equivalentes (o PIB e o Emprego crescem SEMPRE no verão
em relação ao inverno – por isso é errado chegar ao verão e
dizer que estamos bem, porque estamos melhor que no inverno).
O
que deveria ser comparado era o verão do ano passado, com o verão
deste ano – e aí, os resultados são desastrosos:
-
O DESEMPREGO AUMENTOU, ao contrário do que o governo
propagandeia;
-
A ECONOMIA DECRESCEU, ao contrário do que o governo vem
afirmando.
Mas
a verdade, é que ao fim de um ano de governo, já se tinha percebido
que a política estava errada e que os resultados só poderiam ser UM
DESASTRE.
Nessa
altura, numa atitude de esperteza-saloia, o governo, através do
então Ministro das Finanças Vitor Gaspar, deixou de falar de
qualquer destes objectivos, para MANIPULAR a opinião-pública com UM
ÚNICO Objectivo: REGRESSAR AOS MERCADOS. Quem não se
lembra?!...
Já
agora convém explicar!... O que é isso de regressar aos mercados:
Regressar aos mercados, significa conseguir que emprestem dinheiro a
Portugal para pagar as dívidas antigas – que se vencem – e para
cobrir os Juros dessas mesmas dívidas. Tudo o resto que se diz sobre
este tema, como por exemplo, que é preciso pedir dinheiro emprestado
para pagar os salários dos funcionários públicos e as pensões dos
reformados, É PURA MENTIRA.
As
receitas, designadamente os impostos e taxas cobradas pelo Estado,
chegam para as despesas de funcionamento do País ao que em
terminologia económica se classifica como “superavit
primário”.
Andámos
durante TODO O SEGUNDO ANO DE GOVERNO a ouvir a mesma coisa: TEMOS DE
REGRESSAR AOS MERCADOS - “nós, governo, somos muito bons porque
vamos conseguir regressar aos mercados”.
No
entanto, mesmo reduzindo os objectivos iniciais a UM ÚNICO PONTO -
Regressar aos Mercados -, até este está a FALHAR COMPLETAMENTE. E é
fácil de perceber porquê: a Política desenhada com a TROIKA, está
a CONDUZIR O PAÍS À FALÊNCIA e NINGUÉM EMPRESTA DINHEIRO A
FALIDOS.
Mesmo
ao longo destes dois anos de governo, TODAS as idas - pequenas - de
Portugal aos mercados, foram falsas:
-
Houve compras maciças de Dívida, em troca das promessas -
cumpridas - de PRIVILÉGIO nas privatizações, designadamente na
EDP, REN e na ANA;
-
Há compras maciças de Dívida, em troca das promessas - que vão
ser cumpridas - de PRIVILÉGIO nas privatizações designadamente da
TAP, dos CTTs e dos Seguros da CGD;
-
Vai haver no curto prazo, compras maciças de Dívida com os
dinheiros do FUNDO DE GARANTIA DA SEGURANÇA SOCIAL.
O
PROBLEMA, É QUE NO MÉDIO/LONGO PRAZO, A SITUAÇÃO SE MANTÉM
INALTERADA: ESTAMOS A SER CONDUZIDOS À FALÊNCIA E NINGUÉM EMPRESTA
DINHEIRO A FALIDOS.
É
então que chegados aqui se dá uma hecatombe!... É preciso UM
SEGUNDO RESGATE, como já é reconhecido por TODAS as instâncias
internacionais – FMI, CE, BCE, OCDE, Jornalistas, Académicos e por
aí fora. E isto significa uma coisa: O GOVERNO e a TROIKA FALHARAM
EM TODOS OS OBJECTIVOS, com um senão: A Tróika falhou
propositadamente para forçar um segundo resgate, o governo falhou
porque foi subserviente e incompetente.
Seria
portanto ESSENCIAL mudar de Política!... Mas, isso significava duas
coisas:
1)
Reconhecer que o programa está errado e que FALHARAM TODOS os que o
desenharam e implementaram. TODOS CULPADOS...
2)
Desenhar e implementar uma Política, que ao contrário da actual,
deixe de privilegiar a transferência de riqueza dos mais pobres para
os mais ricos!... Mas isso é impensável... NUNCA empresários,
políticos e banqueiros viveram tão bem em Portugal – e NUNCA os
restantes Portugueses atingiram o grau de pobreza, como aquele que
hoje atinge elevadas franjas da população.
Porém,
ambas são más para os Políticos: Terem de RECONHECER QUE NÃO
PRESTAM e terem de DEIXAR DE BENEFICIAR do que LHES PAGAM!...
Financiam campanhas, empregam familiares, contratam empresas dos
Políticos e seus familiares, asseguram empregos no futuro para os
saídos da política, subornam e por aí fora...
Neste
contexto, era preciso INVENTAR UM EMBUSTE que permitisse dizer que
VAI HAVER UM SEGUNDO RESGATE - como todos reconhecem ser necessário
- por culpa de alguém que não do governo ou dos Políticos
Portugueses.
E
assim renasce o “mito cavaquista” das “forças de bloqueio”.
Esse MITO foi então preparado e encontrado: Chama-se, TRIBUNAL
CONSTITUCIONAL...
E Já
agora porque não:
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL e a própria CONSTITUIÇÃO da REPÚBLICA
PORTUGUESA...
Esta é pois
a
Estratégia do maior EMBUSTE de sempre da Política Portuguesa:
a)
Faz-se legislação que é PROPOSITADAMENTE INCONSTITUCIONAL;
b)
Anuncia-se que se a mesma não for aprovada será uma CALAMIDADE para
o País;
c)
Apresenta-se a Legislação numa altura cirurgicamente escolhida;
d)
A Legislação não é aprovada, NUNCA O PODERIA SER, tal como o
governo sabe à partida;
e)
O Governo não se pronuncia, remetendo-se às declarações solenes:
“a situação é grave”, “estamos a analisar as alternativas”,
“as consequências podem ser muito graves”;
f)
Os Jornalistas e Comentadores a soldo dos MESMOS iniciam uma CAMPANHA
DE DESINFORMAÇÃO, baseada em:
-
As decisões do TC obrigam a AUMENTAR impostos;
-
Por causa das férias só estavam presentes sete Juízes;
-
A Constituição ESTÁ ERRADA;
-
O País vai falir por CULPA da Constituição e do Tribunal
Constitucional;
-
O segundo resgate é necessário por CULPA do Tribunal Constitucional
e por aí fora;
O
RESULTADO FINAL: Quando for anunciado - provavelmente após a
formação do governo Alemão - um SEGUNDO RESGATE acompanhado de
MAIS MEDIDAS DE AUSTERIDADE – mais impostos, mais pobreza para os
Pobres e mais riqueza para os Ricos, a culpa não será do governo,
da TROIKA e dos Políticos. A CULPA SERÁ DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
e da CONSTITUIÇÃO.
E
tal como em 2011 a ideia ERRADA de que “vivíamos acima das nossas
possibilidades” pegou, também em 2013/2014 a ideia ABSURDA de que
“os políticos são bons e a Constituição é que está errada”,
vai também pegar.
E
o mais triste de tudo isto, é que VAMOS MESMO DEIXAR QUE TAL
ACONTEÇA!... Os Políticos que temos contam com “o melhor povo do
mundo”. Um povo incapaz de perceber o que se passa à sua volta e
sem qualquer capacidade de reacção contra esta classe de gente sem
classe, que enriquece à custa da miséria dos outros.
AGORA
PERCEBO PORQUE ANTÓNIO CAPUCHO, EX.DIRIGENTE DO PSD E EX. MEMBRO DO
CONSELHO DE ESTADO, DIZ ESTARMOS PERANTE UMA “SEITA”. “SEITA”
DE MALANDROS DIREI EU...
O
presente já todos conhecemos, resta saber, que futuro se reserva
para os homens de àmanhã!..
Em época de crise e desespero, não mexeram onde se comprometeram a mexer!... Mantiveram à solta as EPs, os benefícios às Fundações e as ajudas aos privados a quem obstinadamente querem entregar as funções sociais do Estado, ao mesmo tempo em que se apressam a despedir funcionários públicos e tentam confiscar pensões, a que chamam Reforma do Estado.
As apreciações da Troika foram sempre de louvor e distinção, até à próxima espoliação dos contribuintes, como se o esbulho não fosse já a corda que asfixia e a guilhotina que separa a cabeça do tronco sem vida da classe média.
O governo mente ao Parlamento e ao País, a ministra das Finanças estrebucha na lama dos swaps, o ministro dos Negócios Estrangeiros oculta a passagem pela SLN, o vice-primeiro-ministro emerge do submarino que desce para subir à chefia do governo a anunciar a retoma como obra do CDS, e o primeiro-ministro entretem-se por aí a ameaçar os juízes do Tribunal Constitucional e a dar palpites sobre o que os “prestamistas” e os “avençados” devem dizer aos Juízes .
Para compôr o ramalhete, até Mexia, o “chinês de origem portuguesa”, tem o arrojo de substituir a reflexão dos juízes do Tribunal Constitucional, pela sua douta opinião de sábio constitucionalista: «A leitura da Constituição tem de ter em conta as restrições do mercado», diz o artista, como se os partidos e os cidadãos estivessem representados por quem nunca se submeteu ao escrutínio público.
A chantagem é a arma de quem não tem da honra o menor resquício e da democracia a mais leve ideia.
Este governo, suportado pela TROIKA, comprometeu-se quando tomou posse a:
- Reduzir o Défice;
- Reduzir a Dívida;
- Reduzir o Desemprego;
- Fazer crescer a Economia;
- REGRESSAR AOS MERCADOS, estabelecendo Setembro de 2013 como meta.
A Política Económica desenhada para alcançar estes objectivos, acabou por se DEMONSTRAR COMO DESASTROSA e os resultados dos quatro primeiros objectivos foram:
- O défice aumentou e para além de aumentar está descontrolado;
- A Dívida Pública aumentou e está igualmente descontrolada;
- O Desemprego cresceu para valores nunca vistos;
- O PIB tem vindo a afundar-se até limites impensáveis.
Convém aqui notar, que as recentes estatísticas que dizem que o desemprego está a baixar, ou que o PIB parou de cair, são completamente FALSAS.
Explicando melhor: Para fazerem estas afirmações, comparam dados de trimestres consecutivos, quando as comparações têm de ser feitas com trimestres equivalentes (o PIB e o Emprego crescem SEMPRE no verão em relação ao inverno – por isso é errado chegar ao verão e dizer que estamos bem, porque estamos melhor que no inverno).
O que deveria ser comparado era o verão do ano passado, com o verão deste ano – e aí, os resultados são desastrosos:
- O DESEMPREGO AUMENTOU, ao contrário do que o governo propagandeia;
- A ECONOMIA DECRESCEU, ao contrário do que o governo vem afirmando.
Mas a verdade, é que ao fim de um ano de governo, já se tinha percebido que a política estava errada e que os resultados só poderiam ser UM DESASTRE.
Nessa altura, numa atitude de esperteza-saloia, o governo, através do então Ministro das Finanças Vitor Gaspar, deixou de falar de qualquer destes objectivos, para MANIPULAR a opinião-pública com UM ÚNICO Objectivo: REGRESSAR AOS MERCADOS. Quem não se lembra?!...
Já agora convém explicar!... O que é isso de regressar aos mercados: Regressar aos mercados, significa conseguir que emprestem dinheiro a Portugal para pagar as dívidas antigas – que se vencem – e para cobrir os Juros dessas mesmas dívidas. Tudo o resto que se diz sobre este tema, como por exemplo, que é preciso pedir dinheiro emprestado para pagar os salários dos funcionários públicos e as pensões dos reformados, É PURA MENTIRA.
Andámos durante TODO O SEGUNDO ANO DE GOVERNO a ouvir a mesma coisa: TEMOS DE REGRESSAR AOS MERCADOS - “nós, governo, somos muito bons porque vamos conseguir regressar aos mercados”.
No entanto, mesmo reduzindo os objectivos iniciais a UM ÚNICO PONTO - Regressar aos Mercados -, até este está a FALHAR COMPLETAMENTE. E é fácil de perceber porquê: a Política desenhada com a TROIKA, está a CONDUZIR O PAÍS À FALÊNCIA e NINGUÉM EMPRESTA DINHEIRO A FALIDOS.
Mesmo ao longo destes dois anos de governo, TODAS as idas - pequenas - de Portugal aos mercados, foram falsas:
- Houve compras maciças de Dívida, em troca das promessas - cumpridas - de PRIVILÉGIO nas privatizações, designadamente na EDP, REN e na ANA;
- Há compras maciças de Dívida, em troca das promessas - que vão ser cumpridas - de PRIVILÉGIO nas privatizações designadamente da TAP, dos CTTs e dos Seguros da CGD;
- Vai haver no curto prazo, compras maciças de Dívida com os dinheiros do FUNDO DE GARANTIA DA SEGURANÇA SOCIAL.
O PROBLEMA, É QUE NO MÉDIO/LONGO PRAZO, A SITUAÇÃO SE MANTÉM INALTERADA: ESTAMOS A SER CONDUZIDOS À FALÊNCIA E NINGUÉM EMPRESTA DINHEIRO A FALIDOS.
É então que chegados aqui se dá uma hecatombe!... É preciso UM SEGUNDO RESGATE, como já é reconhecido por TODAS as instâncias internacionais – FMI, CE, BCE, OCDE, Jornalistas, Académicos e por aí fora. E isto significa uma coisa: O GOVERNO e a TROIKA FALHARAM EM TODOS OS OBJECTIVOS, com um senão: A Tróika falhou propositadamente para forçar um segundo resgate, o governo falhou porque foi subserviente e incompetente.
Seria portanto ESSENCIAL mudar de Política!... Mas, isso significava duas coisas:
1) Reconhecer que o programa está errado e que FALHARAM TODOS os que o desenharam e implementaram. TODOS CULPADOS...
2) Desenhar e implementar uma Política, que ao contrário da actual, deixe de privilegiar a transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos!... Mas isso é impensável... NUNCA empresários, políticos e banqueiros viveram tão bem em Portugal – e NUNCA os restantes Portugueses atingiram o grau de pobreza, como aquele que hoje atinge elevadas franjas da população.
Porém, ambas são más para os Políticos: Terem de RECONHECER QUE NÃO PRESTAM e terem de DEIXAR DE BENEFICIAR do que LHES PAGAM!... Financiam campanhas, empregam familiares, contratam empresas dos Políticos e seus familiares, asseguram empregos no futuro para os saídos da política, subornam e por aí fora...
E assim renasce o “mito cavaquista” das “forças de bloqueio”. Esse MITO foi então preparado e encontrado: Chama-se, TRIBUNAL CONSTITUCIONAL...
E Já agora porque não: TRIBUNAL CONSTITUCIONAL e a própria CONSTITUIÇÃO da REPÚBLICA PORTUGUESA...
Esta é pois a Estratégia do maior EMBUSTE de sempre da Política Portuguesa:
a) Faz-se legislação que é PROPOSITADAMENTE INCONSTITUCIONAL;
b) Anuncia-se que se a mesma não for aprovada será uma CALAMIDADE para o País;
c) Apresenta-se a Legislação numa altura cirurgicamente escolhida;
d) A Legislação não é aprovada, NUNCA O PODERIA SER, tal como o governo sabe à partida;
e) O Governo não se pronuncia, remetendo-se às declarações solenes: “a situação é grave”, “estamos a analisar as alternativas”, “as consequências podem ser muito graves”;
f) Os Jornalistas e Comentadores a soldo dos MESMOS iniciam uma CAMPANHA DE DESINFORMAÇÃO, baseada em:
- As decisões do TC obrigam a AUMENTAR impostos;
- Por causa das férias só estavam presentes sete Juízes;
- A Constituição ESTÁ ERRADA;
- O País vai falir por CULPA da Constituição e do Tribunal Constitucional;
- O segundo resgate é necessário por CULPA do Tribunal Constitucional e por aí fora;
O RESULTADO FINAL: Quando for anunciado - provavelmente após a formação do governo Alemão - um SEGUNDO RESGATE acompanhado de MAIS MEDIDAS DE AUSTERIDADE – mais impostos, mais pobreza para os Pobres e mais riqueza para os Ricos, a culpa não será do governo, da TROIKA e dos Políticos. A CULPA SERÁ DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL e da CONSTITUIÇÃO.
E tal como em 2011 a ideia ERRADA de que “vivíamos acima das nossas possibilidades” pegou, também em 2013/2014 a ideia ABSURDA de que “os políticos são bons e a Constituição é que está errada”, vai também pegar.
E o mais triste de tudo isto, é que VAMOS MESMO DEIXAR QUE TAL ACONTEÇA!... Os Políticos que temos contam com “o melhor povo do mundo”. Um povo incapaz de perceber o que se passa à sua volta e sem qualquer capacidade de reacção contra esta classe de gente sem classe, que enriquece à custa da miséria dos outros.