28 janeiro, 2011

A VIA SACRA DO EURO!...

Os juros da Divida Pública a 10 anos encontram-se hoje novamente acima dos 7% (7,09). Não se adivinha circunstância alguma no país que possa inverter o ciclo de subida destes juros nos mercados. Ao contrário, a tendência será seguramente para uma subida continuada. Aproxima-se assim, a hora do pedido de resgate ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). Os aumentos de impostos, a redução de salários e o congelamento de pensões, irão contribuir além do mais, para uma acentuada recessão económica em 2011, já prognosticada aliás pela OCDE e pelo FMI e nunca para a recuperação económica desejada. O recurso, mais fácil mas ineficaz, de aumento de impostos a que o governo tem recorrido encontra-se esgotado e ultrapassou de há muito o “ponto de equilíbrio” acima do qual qualquer aumento da taxação em vez de provocar aumento de receitas provoca exactamente o contrário, isto é, uma redução de receitas.
Posto isto, temos Portugal aparentemente pronto para um humilhante resgate da UE e do FMI e as conversações sobre a ampliação do fundo de estabilidade, crescem as tensões na eurozona. A culpa recai nas divergências entre os líderes europeus e o grande problema de comunicação na Europa.
Tivemos à dias conhecimento de um episódio interessante: Quando Angela Merkel se encontrava imersa em conversações sobre a crise do euro, o telefone tocou na reluzente chancelaria de Berlim. Do outro lado da linha, estava o primeiro ministro português José Sócrates, que desde Lisboa, suplicava por ajuda. Segundo os prognósticos, Portugal será o terceiro país a cair com o peso da sua dívida soberana, pelo que necessitará de um resgate liderado pelos alemães. Sócrates parecia desesperado e submisso, segundo testemunhas.
Perguntou a Merkel o que deveria fazer, prometeu fazer o que quer que fosse, com excepção de uma coisa: não pediria um resgate com condições extremamente duras. Segundo as versões que circulam em Berlim, Merkel manteve Sócrates em espera, enquanto pedia opinião aos seus poderosos visitantes: Dominique Strauss-Kahn, o director francês do FMI e Giulio Tremonti, o respeitado ministro dos negócios estrangeiros italiano que esteve recentemente pressionando pela introdução dos “eurobonds”. Ante as interrogações de Sócrates, Strauss-Kahn, o chefe do FMI que fala alemão, mostrou-se indiferente. A súplica do português não tinha sentido, afirmou, porque Sócrates não seguiria nenhum conselho que se lhe desse.
Esta situação que se produziu a semana passada em Berlim, mostra o que um alto funcionário alemão descreve como “o grande problema de comunicação da Europa”. No meio de uma das piores crises da UE de todos os tempos, o nível de confiança entre os principais líderes políticos e os responsáveis pelas decisões é tão baixo, que complica enormemente a procura de uma solução ante o desafio existencial do euro.
Os fundamentos económicos na eurozona tomam direcções opostas: a Alemanha e o norte da Europa saem reforçadas da recessão, enquanto o sul da Europa está imerso num círculo vicioso de dívida e deflação. Esta situação e os problemas da dívida soberana de meia dúzia de países colocam em risco o euro. Contudo os perigos agravam-se com as fricções entre os líderes políticos encarregados de resolver a crise. No mesmo dia em que Berlim fez caso omisso de Sócrates, José Manuel Durão Barroso, o presidente da Comissão, anunciou em Bruxelas que o fundo de resgate do euro deveria reforçar-se. Publicamente Merkel e o seu ministro de Finanças Wolfgang Schauble, qualificaram a intervenção de Barroso de desnecessária. Em privado, o gabinete da chancelaria disse a Barroso que se calasse, que os 440.000 milhões de euros garantidos pelos governos da eurozona não eram da sua incumbência, já que não era dinheiro da Comissão.

20 janeiro, 2011

A CRISE NO PAÍS E NA EUROPA!...

Sempre ouvi dizer que tudo tem um principio e um fim, e sendo assim, a UE não fugirá à regra. Hoje, todos sabemos, que os países periféricos são dependentes dos glutões da Europa, porém também é verdade que estes também, estão economicamente dependentes desses mesmos países periféricos.Como tudo vai acabar, é para já uma incógnita. O que não é nada incógnito, é que a Europa está em crise e não vale a pena disfarçar mais!... No caso português,  e sabendo-se que o país está no "fio da navalha", há um dado importante que tem de ser considerado:falar verdade aos cidadãos. De nada vale a pedincha aos Qatares ou às Chinas, senão se falar com verdade e também senão se mudar de politica. A manter-se o actual estado das coisas,  Portugal não terá capacidade económica, para pagar as suas dívidas actuais e futuras. Éque além da emissão de dívida para pagar o défice crónico orçamental, o país terá de emitir também dívida para resgatar as anteriores emissões. Só durante o corrente ano e até Junho, terá de resgatar 9,4 mil milhões de euros. É uma situação insustentável.Tão insustentável, que creio avizinharem-se dias mais negros para os portugueses. Esta é a realidade!... Não se trata de pessimismos gratuitos, mas tão só, da constatação lógica dos resultados do endividamento nacional a que chegámos.
Mas o mais lamentável de tudo isto, é que não se vislumbra, com a urgência que a situação requer, qualquer alternativa política que possa dar alguma esperança aos portugueses. Com Sócrates ou Passos Coelho o desastre será o mesmo. Os próximos tempos serão de uma exigência tremenda, e aquilo a que assistimos, é à falta de coragem dos chamados partidos do poder, para apresentarem propostas alternativas credíveis e viáveis, que possam inverter a situação financeira, económica e social em que vivemos. Ninguém se quer comprometer...
Mesmo na iminência de eleições a curto prazo, é preciso não ter medo das palavras e apontar muito concretamente as causas que geraram esta situação!... E conhecidas as causas, é preciso enunciar mais concretamente as alternativas capazes de a inverter. Em vez disso porém, os mesmos de sempre, perdem-se em mil conjecturas e em combates palavrosos palacianos que nada adiantam.
No palavreado que lemos e ouvimos nos meios de comunicação social a “comentadores, economistas e politólogos de serviço” a confusão torna-se ainda maior. Falam de tudo e do seu contrário, mas no fundo todos pretendem perpetuar a situação confortável em que se encontram instalados, medindo as palavras de modo a não provocarem a mínima perturbação ao sistema.  Alguns, por oportunismo, aproveitando-se dessa confusão, ensaiam mesmo as suas investidas contra o chamado “estado social” e falam em “gordura” do Estado, mas para estes, a gordura do Estado não são os múltiplos, paralelos e parasitários órgãos do estado criados pelo sistema institucional vigente - sobretudo a partir dos últimos 15 anos -, mas a abrangência das funções sociais do estado que consideram “exorbitantes”.
É por tudo isto, que o descontentamento dos cidadãos se generaliza cada vez mais no país, e segue a bitola que vai já alastrando por essa Europa fora, debilitando não apenas o vínculo entre eleitores e partidos, a população e os governos, senão mesmo, algo de muito mais complicado, que aqui me recuso a comentar.
É hoje um dado adquirido, que a crise não abrange apenas a parte económica. O clima de desconfiança atingiu tais niveis, que segundo a última sondagem sobre a matéria, efectuada pelo Projecto Farol (Cf. CM de 19JAN11) é arrepiante!... 94% dos portugueses desconfiam ou confiam muito pouco na classe politica; 89% não confiam nos partidos politicos, 84% não confiam nos deputados e 90% não acreditam nos governos. Este é o resultado dos clássicos incumprimentos dos governos face às promessas eleitorais, da corrupção desenfreada e da ausência de respostas aos anseios dos eleitores, contra os especuladores e os corruptos.  
Como já disse, a crise económica não está a ser atacada com uma revisão profunda do modelo vigente, antes pelo contrário. As medidas que estão a ser adoptadas, são medidas, que na prática mantêm o mecanismo especulativo que a desencadeou, pressagiando que muito em breve o fenómeno se repetirá. Mas atenção: Se até agora a reserva material que acumulam as classes laboriosas no Velho Continente permitiu fazer frente à crise sem quebras dramáticos da ordem pública, a decisão de transferir os custos do descalabro às classes assalariadas, e a grandes sectores de pequenos e médios empresário,s começa a minar a economia familiar em geral, e as populações condenadas a situações de emergência por desemprego, encerramento de pequenos negócios e baixas sensíveis nos rendimentos, terá como  consequência surtos de revolta e violência, que aqui e ali são já uma realidade.
Na verdade, afectando a maioria da população, as actuais políticas, põem em risco o estado de bem-estar que desde o termo da Segunda Guerra Mundial deu à população europeia alguma qualidade de vida mediante um sistema de segurança (educação, saúde, emprego, pensões, ajudas sociais, etc.). Este desmantelamento paulatino, acelerado pela crise, é um processo que conduz à “americanização da Europa”, ao predomínio de um modelo de capitalismo selvagem, que converte a vida quotidiana numa competição feroz de todos contra todos.
Se na hora de tomar decisões um grupo de banqueiros tem mais poder que milhões de votantes, se um fundo de pensões de Nova York, Londres ou Bona, decide mais que um parlamento nacional, se as multinacionais se impõem sem dificuldade a presidentes e ministros, e se os governos dos países mais poderosos (como comprovam as divulgações de WikiLeaks) intervêm grosseiramente nos assunto internos de países parceiros, e se estas verdadeiras máfias de colarinho branco acabam por impor o seu critério sobre as autoridades locais (no geral seus cúmplices), o vulgar cidadão tem então sobrados motivos para duvidar da validade do sistema democrático e meditar sobre a real utilidade que tem em dar o seu apoio eleitoral a quem apenas decide o que é de menos importante.
Meus amigos: Se a política como pratica essencial da participação de cidadania terminou e tudo se decide nos conciliábulos sinistros das grandes finanças, para que serve então a democracia?!...

13 janeiro, 2011

JURO DO LEILÃO DE OT DE PORTUGAL, É "RUINOSO"...

Portugal colocou no mercado em 12JAN2011, 1.249 milhões de euros em obrigações do Tesouro, com maturidades a 10 e a 4 anos.
Nos títulos a 10 anos, a taxa média ponderada baixou para 6,716% face aos 6,806% observados no leilão anterior. Nessa maturidade foram emitidos 599 milhões de euros, tendo a procura superado em mais de três vezes a oferta.
Já nos títulos a 4 anos, os juros dispararam para 5,396% face aos 4,041% do leilão anterior comparável. Segundo Paul Krugman, prémio Nobel da Economia, o leilão “ foi pouco menos que ruinoso”, alertando mesmo, “que mais sucessos como o do leilão português”, levará à destruição da periferia europeia.
Apesar de leigo na matéria, é fácil constatar, tendo até em conta o passado recente, que os números apresentados não convencem ninguém!... Ora não convencendo ninguém, como se pode compreender a satisfação conjunta do Primeiro Ministro, do Ministro das Finanças, de ilustras figuras do Governo, e até dos candidatos presidenciais Manuel Alegre, Defensor de Moura, Fernando Nobre e dos “politólogos” e economistas do sistema, pela colocação da Dívida Pública a 10 anos (599 milhões) a um juro de 6,716% e a 4 anos (650 milhões) a um juro de 5,396%?!... É preciso dizer, que em boa verdade, estamos na presença de juros altíssimos e insuportáveis. Ora vejamos: Ainda não há mais de 8 meses, aqueles juros eram de 4,8% e 3,7% respectivamente, isto para já não falar dos juros de 4,2% e 3,1% em 2009. Ora sabendo-se que o financiamento de dívida pública, assegurado pelo Fundo de Estabilização Financeira da UE obriga a um juro a 10 anos de 5%, e portanto inferior ao agora obtido, como podem os nossos políticos “cantar de galo”?!.... Como podem cantar de galo, quando a taxas mais baixas, não ocorreu qualquer desacelaração da crise no país?!...

Ao que se diz, o “sucesso” da operação, resultou no simples facto de existirem ainda “investidores”, capazes de comprar a dívida portuguesa, omitindo em seus juízos, o juro faraónico a que obrigam o estado português.
Desgraçados dos países, em que os seus governantes se contentam com tão pouco e empurram isso sim, os problemas, os custos, os pagamentos e os preços da sua incompetência e despesismo, para os tempos futuros e gerações vindouras. Assim  tem acontecido e continua a acontecer com as dívidas das Scuts, com as parcerias Público/Privadas, com os TGVs, com os efeitos da corrupção, com a fraude fiscal, com as gestões danosas da banca, enfim… com tanta coisa, que chegaram já ao ponto e ao despudor de nos meterem a mão no bolso, sem pedirem licença…

07 janeiro, 2011

F.M.I./U.E. QUAL A SAÍDA NUMA PROVA DE FORÇA?!...

Na última semana, os juros da divida pública a curto e longo prazo, atingiram níveis que ultrapassaram os 3 e os 7 por cento respectivamente.
Significa isto, que os mercados apertam, e a pressão para a vinda do famigerado FMI, é cada vez maior.
Com toda a franqueza, não foi para isto que serviu a revolução de Abril!... A tão propalada crise internacional, que serve aos nossos políticos como justificação para o estado em que o país se encontra, e de analgésico para o nosso povo, não justifica tudo. E como não justifica tudo, há questões pertinentes que devem ser equacionadas!... Sejamos claros: Foram os portugueses chamados a pronunciarem-se sobre a adesão do país à União Europeia, nos moldes em que esta foi feita?!.... Foram os portugueses chamados a referendarem a entrada na moeda única, ou as cartas constitucionais da UE, antes ou depois do Tratado de Lisboa?!... Foram os portugueses chamados a referendarem os sucessivos alargamentos da UE, que passaram de 12 em 1986, para 27 na actualidade, e as condições em que as mesmas foram feitas?!...

Para além de tudo isto, há que dizer, que a elite política, a classe política, a casta política, nascida do 25 de Abril de 1974, acantonada nos partidos da área do poder que nos têm desgovernado, são os únicos responsáveis pela nossa entrada no euro e pelas condições em que nele entrámos. Fizeram-nos crer que a nossa entrada na moeda única, só nos trazia coisas boas, coisas maravilhosas. Uma Europa dos cidadãos, um desenvolvimento económico convergente, salários igualmente convergentes com os dos restantes países europeus, e uma abertura de fronteiras económicas para onde poderíamos exportar os nossos produtos agrícolas e industriais.
Estas eram as promessas que estavam em cima da mesa. Mas não nos avisaram que para o acesso a estas “benesses”, teríamos que encerrar fábricas da nossa indústria, abater barcos da nossa frota de pesca, abandonar os campos agrícolas, olivais, vinhas e muitos outros produtos, muitos dos quais suficientes para o consumo nacional. Pelo contrário, fizeram-nos crer que toda essa obsessão destrutiva, constituía "modernidade e progresso" e até nos ofereciam avultadas compensações monetárias designadas como subsídios, para como idiotas chapados, sermos os coveiros da nossa própria economia.

Perguntar-me-ão: Havia alternativas, ou vivíamos mergulhados na politica do “orgulhosamente sós”?!... Em democracia há sempre alternativas, mais que não seja, nos moldes em que as mesmas devem funcionar. Certo, é que nas condições que nos foram oferecidas e que nós – se calhar à pressa – aceitamos, deixámos de produzir e começamos a importar o que antes criávamos. E até nem faltou dinheiro... Os bancos dos mais poderosos países da UE emprestavam-nos todo o "pilin" que queríamos e a juros baixos, a 2, 5, ou 10 anos, conseguindo deste modo criar a procura indispensável à exportação de todos os seus excedentes, objectivo primeiro das suas maquinações, reavendo na operação, todo o dinheiro que nos haviam emprestado ao constituírem-se como credores.

Mas a desgraça não acaba aqui!... É que em vez do escoamento para a UE dos nossos produtos da indústria de calçado, lanifícios e vestuário, no que ingenuamente acreditámos, tivemos afinal que aceitar a importação de iguais produtos da China, da Índia, das maças da Argentina e das laranjas da África do Sul, com quem os poderosos da UE mantêm relações previligiadas.
Resulta de tudo isto, que na grande feira em que se constituiu afinal a UE, fomos enganados como pacóvios ingénuos, pelos seus mais ardilosos e poderosos feirantes, bem acompanhados na trama pelos seus comparsas nacionais.

Hoje acabaram os juros baixos e a senhora Merkel e os seus acólitos, continuam a “cantar de galo”, produzindo para consumo interno, para venderem os excedentes a preços e com juros incomportáveis, para dar subsídios a pacóvios e para manterem estáveis os seus mercados de trabalho.
O resultado final de toda esta politica, é que hoje estamos com o “rabinho” preso. As consequências de uma saída da zona euro face à divida externa, traria custos incomportáveis para a esmagadora maioria dos portugueses, mas, e porque nada existe, que não tenha um principio e um fim, tal solução seria preferível ao “monstro” do FMI, que mais não faria, que preparar as coisas para novas investidas a médio prazo.

01 janeiro, 2011

BALANÇO DE 2010, CRISE NEOLIBERAL E SOFRIMENTO HUMANO...

O balanço que faço de 2010 vai ser diferente. Enfatizo um dado pouco referido nas análises: o imenso sofrimento humano e a desestruturação subjectiva especialmente dos assalariados, devido à reorganização económico-financeira mundial.
Há muito que se operou a "grande transformação", colocando a economia como o eixo articulador de toda a vida social, subordinando a política e anulando a ética. Quando a economia entra em crise, como sucede actualmente, tudo é sacrificado para salvá-la. Penaliza-se toda a sociedade, como na Grécia, na Irlanda, em Portugal, em Espanha e mesmo nos USA em nome do saneamento da economia.
O que deveria ser um meio, transforma-se num fim em si mesmo.
Colocado em situação de crise, o sistema neoliberal tende a radicalizar a sua lógica e a explorar ainda mais  a força de trabalho. O sofrimento agora é mais generalizado e difuso, afectando, ora mais ora menos, o conjunto dos países centrais. Trata-se de uma espécie de "mal-estar da globalização" em processo de erosão humanística. Ele expressa-se  por grave depressão colectiva, destruição do horizonte da esperança, perda da alegria de viver, vontade de "desaparecer do mapa" e até, em muitos, de tirar a própria vida.
Por causa da crise, as empresas e seus gestores levam a competitividade até a um limite extremo, estipulam metas quase inalcançáveis, infundindo nos trabalhadores angústias, medo, e não raro, síndromas de pânico. Cobra-se tudo deles: entrega incondicional e plena disponibilidade, dilacerando a sua subjectividade e destruindo as relações familiares
Nas análises que se fazem da actual crise, importa incorporar este dado perverso que é o oceano de sofrimento que está sendo imposto à população, sobretudo, aos pobres, no propósito de salvar o sistema económico, controlado por poucas forças extremamente fortes, mas desumanas e sem piedade. Uma razão a mais para superá-lo historicamente, além de condená-lo moralmente. Nessa direcção caminha a consciência ética da humanidade, bem representada nas várias realizações do Forum Social Mundial entre outras.